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Polícia investiga explosão de bomba no Metrô de SP

Em todo o trem, cerca de 30 pessoas viajavam na Linha 2-Verde, às 8h40

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma bomba explodiu às 8h40 deste sábado, dentro de uma composição que fazia a Linha 2-Verde (Imigrantes-Vila Madalena) do Metrô de São Paulo. O artefato estava sob um banco no primeiro vagão do trem que seguia da Estação Ana Rosa para a Chácara Klabin, na zona sul. Janelas foram estouradas, o banco saiu do lugar, um buraco foi aberto no assoalho e a porta dilatou, mas ninguém ficou ferido. Em todo o trem, cerca de 30 pessoas faziam a viagem. Pelo menos três delas ficaram intoxicadas com a fumaça e tiveram de ser atendidas no Pronto-Socorro Ipiranga. A explosão aconteceu a cerca de 200 metros do ponto de partida. Barulho, fumaça e freada brusca causaram pânico generalizado. A maquinista liberou as portas e orientou todos os passageiros a segui-la pela plataforma lateral. Todos voltaram andando para a Estação Ana Rosa. A operação ficou comprometida até as 9h10 e os trens que partiam de Chácara Klabin e Imigrantes tiveram de trafegar apenas pela linha que fazia um dos sentidos do trajeto. Investigação Um trem em velocidade normal leva cerca de 15 segundos para sair da plataforma e chegar ao ponto onde ocorreu a explosão. A polícia trabalha com a hipótese de que a bomba tivesse contador de tempo. ?Pode ser um relógio ou uma pavio. Ainda vamos estudar o caso?, informou o titular da 2.ª Delegacia Seccional, Naief Saad Neto. De acordo com ele, o trabalho realizado neste sábado foi limitado pela falta de luz. O trem que explodiu está em uma área de manobra da Estação Ana Rosa. Hoje, a composição deve ser encaminhada para um estacionamento do Metrô. ?Deve ter sido uma bomba de fabricação caseira, a não ser que se trate de uma granada, mas não acreditamos nisso?, adiantou o delegado. A maioria das estações tem câmeras que poderiam mostrar exatamente o que aconteceu na plataforma antes do embarque. O circuito interno da Ana Rosa, no entanto, não registra imagens da ponta da plataforma, na direção do primeiro vagão. Sem se identificar, funcionários acreditam que isso seja indício de que a pessoa que praticou o atentado sabia exatamente o que estava fazendo. ?A sala de controle fica bem à mostra na entrada da estação. Alguém pode ter estudado isso antes.? O metrô informou que abriu sindicância na Comissão Permanente de Segurança e a conclusão deve sair em 15 dias, mas que se trata de um caso de polícia e não de falhas no sistema. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Flávio Godoy, concorda, mas reclamou da falta de reforços para o fim de ano. ?A gente só acha que, principalmente nessa época, em que esse tipo de coisa costuma acontecer, precisa ter mais fiscalização, mais funcionários e até polícia nas plataformas.? No metrô, nunca houve uma explosão de bomba antes - o que já havia ocorrido nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em julho.

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