Polícia investiga segunda morte atribuída a falso médico

O falso médico Alessandro Aparecido Marques Gonçalves atendeu nos hospitais de Lins entre agosto de 2005 e janeiro deste ano

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Civil de Lins, no interior de São Paulo, abriu nesta quinta-feira mais um inquérito para apurar uma segunda morte que teria sido causada pelo falso médico Alessandro Aparecido Marques Gonçalves, de 30 anos, que atendeu nos hospitais da cidade entre agosto de 2005 e janeiro deste ano. Gonçalves agora é acusado de ter causado a morte de um homem de 69 anos que deu entrada na UTI da Santa Casa de Lins, em 31 de dezembro, e morreu em 3 de janeiro, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O falso médico, que foi preso em 12 de fevereiro no Hospital Vasco da Gama, no Belenzinho, zona leste de São Paulo, também é acusado de causar a morte de Carlos Henrique da Silva, de 18 anos, morto na madrugada de 1º de janeiro depois de ser atendido pelo médico na UTI do mesmo hospital. O número de pessoas com seqüelas possivelmente causadas pelas intervenções de Gonçalves não pára de aumentar. Com o depoimento do médico, tomado nesta semana, subiu para 20 o número de vítimas listadas no inquérito que apura crime de lesão corporal dolosa grave aberto no 1º Distrito Policial (1ºDP). De acordo com o delegado titular do 1º DP, André Ricardo Hauy, são pessoas com membros amputados ou deformados que deverão passar por cirurgias corretivas. "Há pessoas em cadeiras de rodas, com muletas e uma internada até hoje, que corre o risco de ter o pé amputado", contou Hauy. Segundo o delegado, os laudos constataram as lesões graves em todas as vítimas e há documentos - como receitas e prescrições médicas assinadas pelo falso médico - comprovando a participação de Gonçalves nos casos denunciados. Gonçalves foi levado de volta para o Centro de Detenção Provisória do Belenzinho depois de prestar depoimento por dois dias na cidade.

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