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Polícia já tem suspeitos da morte de Chediak

Por Agencia Estado
Atualização:

?Estamos investigando um crime de roubo em que uma das vítimas foi executada. Eu acho que foi um assalto, e ele possivelmente reconheceu um dos assaltantes, mas ainda é muito cedo, a avaliação que temos do crime ainda é extremamente precária?, disse o delegado Clay Catão, titular da 106ª DP, que preside o inquérito aberto com o assassinato do produtor musical Almir Chediak. ?Já temos suspeitos, que estão sendo checados. O projétil foi coletado no local do crime e será analisado. Mas a prova testemunhal é fundamental?, disse o delegado. No início da noite desta segunda-feira, uma equipe de policiais saiu para verificar denúncias sobre suspeitos. O delegado aguardava nesta segunda-feira a chegada de uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil para colaborar na investigação. Segundo o delegado, os criminosos roubaram alguns bens que estavam na casa de Chediak, como uma televisão e um aparelho de DVD. O produtor musical Almir Chediak, de 52 anos, foi assassinado na noite deste domingo com quatro tiros no rosto em Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado da cantora Sanny da Costa Alves, de 34 anos, com quem namorava havia nove meses, quando, segundo a polícia, foi rendido por dois criminosos encapuzados, ao chegar em casa, na Estrada das Perobas, no bairro de Araras. Os dois tiveram os braços imobilizados pelos dois homens, com fios de náilon, e foram obrigados a percorrer trechos da estrada BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e de vias secundárias de Petrópolis no carro do produtor musical, um jipe Cherokee, que era dirigido por um dos criminosos. O outro pilotava uma motocicleta. Na Estrada do Rocio, no bairro Fazenda Inglesa, Chediak foi obrigado a descer do carro. O homem que estava na motocicleta o executou e fugiu. Levada pelo outro criminoso no Cherokee, Sanny foi liberada pouco depois, no início da madrugada desta segunda-feira, no km 76 da BR-040, ainda segundo a polícia. Pela manhã, por volta das 7 horas, o corpo de Chediak foi encontrado na beira da estrada do Rocio, com as mãos amarradas para trás. O carro do produtor foi localizado pouco depois, no bairro Alto Independência, na periferia de Petrópolis, onde fora abandonado e incendiado pelos criminosos. O corpo do produtor estava a uma distância de cerca de sete quilômetros de sua casa. A cantora foi liberada a vinte quilômetros, e o carro, a cerca de 40 quilômetros. Em uma trilha próxima do matagal onde o carro do produtor foi abandonado, a polícia encontrou um aparelho de DVD, três celulares, dois aparelhos decodificadores, quatro garrafas de cachaça e vodca, uma bolsa térmica e um saca-rolhas que seriam de Chediak. Sanny disse ao delegado que ela e o produtor haviam saído para comprar um lanche e veriam um filme no aparelho de DVD quando foram abordados, por volta das 20 horas de domingo. Ao chegar em casa, foram rendidos e obrigados a deitar no chão pelos criminosos, que já haviam arrombado a porta da casa. O teatrólogo Jesus Chediak afirmou não ter dúvidas de que seu irmão foi executado, mas afirmou desconhecer a suposta motivação do crime. ?Meu irmão era uma pessoa do bem, não tinha inimigos. Pelo visto foi uma execução. Não consigo pensar direito o que pode ter havido?, disse ele. ?Acho que não tem mais lugar seguro. A sociedade precisar se unir, porque a cultura da violência está prevalecendo.? Ele disse que o irmão costumava viajar todo fim de semana ? além de Araras, ele tinha casas em Búzios e Lumiar. Ana Paula Pereira Passos da Silva, de 24 anos, disse que ouviu um grito e um barulho semelhante ao disparo de uma arma de fogo no fim da noite deste domingo, quando estava em casa, vendo televisão, próximo do local onde o corpo foi encontrado. ?Como tinha uma festa, fiquei na dúvida, mas, às 7 horas da manhã, fui acordada por uns rapazes que iam para o trabalho e viram o corpo na estrada?, disse ela. O corpo de Chediak será velado a partir das 9 horas desta terça-feira, na capela E do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. O enterro está marcado para as 14 horas.

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