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Polícia liberta comerciante seqüestrado

Por Agencia Estado
Atualização:

O comerciante Alexsandro Franco, de 27 anos, foi libertado na manhã desta quinta-feira, em Paraibuna, no Vale do Paraíba, depois de permanecer sete dias em um cativeiro. A vítima foi seqüestrada em São José dos Campos, na noite de 18 de outubro. Na manhã desta quinta, a polícia conseguiu chegar até o cativeiro e prender em flagrante dois homens e uma mulher, que confirmaram o seqüestro. Não houve pagamento de resgate. Em depoimento à polícia, o comerciante, proprietário de dois supermercados em São José dos Campos, contou que, na noite de 18 de outubro, dois homens o aguardavam no quintal de sua casa. ?Eles estavam armados me esperando no quintal, depois me levaram de carro.? Franco disse que no primeiro dia sofreu algumas agressões físicas e nos outros dias apenas ameaças. ?Eles mexem com o psicológico da gente. Achei que fosse morrer.? As negociações começaram na mesma noite em que a vítima foi levada para o cativeiro. O pedido inicial do resgate era de R$ 60 mil, valor que depois de alguns dias caiu para R$ 20 mil. Um dos seqüestradores, Robson Diniz, afirmou que praticou o crime a mando de outras pessoas. ?Eu fui pago para buscar a vítima na casa dela e levar para o cativeiro. Depois fiquei também encarregado de fazer as negociações.? O acusado informou que cometeu o crime a mando de Paulinho, homem cuja existência a polícia investiga. ?Ele pode estar tentando jogar a culpa em alguém. Mas o fato foi que ele (Robson) cometeu o crime?, disse o delegado responsável pela Delegacia Anti-seqüestro, Gilmar Guarnieri. O acusado afirmou que ?o Paulinho? queria 60 mil, mas no final valeria ?qualquer valor?. Segundo o delegado, os acusados moram em São José dos Campos, não tinham passagem pela polícia e podem pegar de 15 a 30 anos de prisão, se condenados. Robson Diniz, 22, Davi Lino Nunes, 21, e Patrícia Diniz Lima, 24, estavam com talões de cheques roubados, dois revólveres calibre 32, dois rádio-comunicadores na freqüência da Polícia Militar e telefones celulares. A polícia não revelou detalhes sobre o cativeiro. O comerciante passou o dia com a família em casa depois de prestar depoimento à polícia. Emocionado, ele agradeceu a Deus por estar vivo, à família pelas orações e ao trabalho dos policiais da Delegacia Anti-seqüestro. ?Eu não desejo o que passei pra ninguém, mas se alguém passar por isso, a única solução será confiar muito em Deus.?

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