Polícia mata um dos maiores sequestradores do Rio

Robson Caveirinha era integrante da quadrilha que seqüestrou Roberto Medina

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apontado como chefe da quadrilha que domina o tráfico de drogas em favelas como a de Vigário Geral, na zona norte do Rio, Robson Roque da Cunha, o Robson Caveirinha, de 40 anos, foi morto na noite de sexta-feira por policiais militares. Ele tinha uma condenação a 46 anos de prisão por seqüestro e homicídio, mas deixou o presídio Edgar Costa, em Niterói, pela porta da frente, no dia 22 de janeiro, após receber da Justiça o benefício de visitar a família. Não voltou mais. Caveirinha foi considerado um dos maiores seqüestradores da década de 90, integrante da quadrilha que manteve em cativeiro o empresário Roberto Medina. O suposto confronto que resultou na morte do traficante ocorreu perto de Vigário Geral. O policiamento na área do 16.º Batalhão da PM (Olaria)foi reforçado, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Na ação de sexta-feira, segundo a polícia, também morreu um homem identificado como Toninho Gordo, que seria traficante. Caveirinha estava com três pessoas em um Gol. Os criminosos, ainda segundo a polícia, teriam tentado fugir de um confronto ao passar por policiais do Grupamento de Ações Táticas do 16.º BPM na Rua Bulhões de Maciel, mas acabaram atirando e foram feridos. Os dois ainda foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte. Os outros dois, também feridos, conseguiram fugir para dentro da favela, disseram os policiais. Dois meses antes de receber o benefício da Justiça, Caveirinha teve a prisão pedida pela polícia sob a acusação de comandar o tráfico nos morros Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e Chapéu Mangueira, no Leme, na zona sul. Se a prisão tivesse sido decretada pela 39.ª Vara Criminal, o que não ocorreu, o criminoso não poderia ter recebido o benefício de visitar a família, concedido pelo juiz auxiliar da Vara de Execuções Penais. Luto Parte do comércio de Copacabana amanheceu fechada neste sábado por ordem de quadrilhas do morro Pavão-Pavãozinho, depois da morte do traficante. A ordem, segundo testemunhas, teria sido dada na noite de sexta-feira por três mulheres que passaram pelas lojas e bares ao redor dos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, onde vivia o traficante do Comando Vermelho. Pela manhã o policiamento foi reforçado em Copacabana e no início da tarde a situação já estava quase normalizada com exceção de alguns estabelecimentos próximos à Rua Sá Ferreira, no principal acesso ao morro. Madrugada Até a manhã deste sábado, pelo menos seis pessoas foram assassinadas no Rio, incluindo os dois criminosos. Uma mulher e dois homens foram encontrados mortos a tiros em porta-malas de carros na zona norte do Rio. Na Tijuca, um homem foi assassinado e outro ficou ferido ao serem atacados por dois motociclistas. Colaborou Kelly Lima

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