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Polícia Militar do Rio mata 3 suspeitos em morro da zona norte

No Complexo da Pedreira, duas operações policiais fecharam escolas e o comércio por causa de intenso tiroteio

Por Pedro Dantas e O Estado de S. Paulo
Atualização:

Três homens morreram durante operação da Polícia Militar no morro do Turano, no Rio Comprido, na zona norte do Rio, na noite de segunda-feira. Entre os mortos, apenas um foi identificado como Diego Souza, de 21 anos. Com as vítimas, segundo a polícia, foram encontrados um fuzil, um revólver, uma pistola, 30 cartuchos de munição, 10 trouxinhas de maconha, sete papelotes de cocaína e quatro pedras de crack.

 

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No Complexo da Pedreira, em Costa Barros, também na zona norte, duas operações policiais tentaram, sem sucesso, localizar um paiol de armas e drogas no conjunto de favelas. Policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar de Rocha Miranda entraram na favela na noite de segunda-feira e saíram às 4 horas desta terça-feira, 26.

 

De acordo com relatos de moradores, o tiroteio foi intenso. Um homem identificado como Fábio da Silva Carvalho, de 22 anos, foi baleado nas pernas e no abdômen. A PM informou que apreendeu com ele uma metralhadora 9 mm. Até o fim da tarde desta terça, ele permanecia internado em estado grave no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, no subúrbio do Rio.

 

Pela manhã, cerca de 200 agentes da Polícia Civil foram ao Complexo da Pedreira, mas encontraram apenas ruas desertas, escolas e o comércio fechados após a longa noite de tiroteios entre traficantes e PMs. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 4.450 alunos do turno da tarde ficaram sem aulas com o fechamento de cinco escolas e quatro creches.

 

O suposto paiol não foi encontrado novamente. Três homens foram presos. Os agentes apreenderam uma metralhadora, uma escopeta, munição, duas mil pedras de crack, 500 trouxinhas de maconha, 10 litros de acetona, cinco litros de cheirinho da loló e dois cadernos de contabilidade.

 

As anotações dos traficantes apontam que a quadrilha movimentava até R$ 42 mil por mês. Em apenas 12 dias do mês passado, a movimentação financeira foi de R$ 19 mil. A venda de crack aparece nas anotações como responsável pelo lucro da quadrilha.

 

"O consumo de crack cresceu muito. É mais barato para o consumidor e para o traficante. Além disso, vicia mais rápido do que as demais drogas", disse o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, Deoclécio de Assis.

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Texto ampliado às 18h15 para acréscimo de informações.

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