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Polícia não tem identificação de seqüestrador

Por Agencia Estado
Atualização:

O comandante do policiamento da capital gaúcha, Tarso Marcadella, afirmou que a Brigada Militar ainda não tem a identificação positiva do assaltante que dominou uma lotação da linha Santana, em Porto Alegre esta manhã. Segundo ele, cinco suspeitos conferem com as características investigadas pela BM. Marcadella criticou a exibição de uma entrevista com o assaltante, que foi veiculada pela Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, alegando que sua apresentação elevou a alta estima e o potencial de exigências do autor do assalto. O comandante disse que o último contato do negociador da BM com o assaltante ocorreu ás 16h35. Ele disse que não existe possibilidade de ceder um helicóptero e os R$ 500 mil reivindicados pelo assaltante. Marcadella afirmou que a Brigada entregou água e salgados às pessoas que estão no interior da lotação. O veículo está cercado pela BM na Avenida Osvaldo Aranha, próxima à área central da cidade. Más recordações Informada do seqüestro em Porto Alegre, a estudante Janaína Neves, de 25 anos, levou um susto. ?Nunca imaginei que isso fosse ocorrer de novo?, afirmou, um ano e sete meses depois de passar quatro horas dentro do ônibus 174 (Central-Gávea), no Jardim Botânico, zona sul do Rio, sob a mira do bandido Sandro do Nascimento. Ainda se recuperando do trauma, Janaína acredita que os casos continuarão a acontecer, porque ?infelizmente, existem muito sandros por aí.? ?No Brasil, há muita gente que não tem mais o que perder. Mas fico chocada ao ver que a história esteja se repetindo, ainda mais de uma forma tão parecida?, disse a estudante. Ela chegou a pensar que morreria dentro do ônibus naquele dia 12 de junho de 2000. O assaltante a cobriu com um pano, a deitou no chão e fingiu que atirava nela, para pressionar a polícia a atender suas reivindicações. Embora tente levar uma vida normal ? ela continua andando de ônibus como sempre fez ?, Janaína não esquece o que viveu. ?Ninguém esquece, nem nós, que estávamos lá, nem nossos parentes e amigos, nem os que rezaram para que acabasse tudo bem.? A estudante Luanna Belmont, de 21 anos, que, como Janaína, não acompanhou o caso de Porto Alegre, também se assustou com a notícia. ?Isso é uma loucura. Ninguém diria que isso pudesse acontecer novamente?, disse a moça. Até hoje, Luanna acredita que Sandro do Nascimento não iria assaltar o 174 ? para ela, o seqüestro se deu porque a polícia cercou o coletivo. ?Não temos como afirmar que ele nos assaltaria. Ele era um fugitivo.? O bandido acabou morrendo asfixiado por policiais dentro de um carro da PM. A refém Geisa Gonçalves, de 20 anos, baleada pelo criminoso foi a outra vítima do episódio.

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