Polícia não tem pistas de namorados desaparecidos

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Por Agencia Estado
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Quatro dias de buscas, 40 homens da Polícia Militar trabalhando, três delegacias empenhadas no caso e nenhuma pista. Só a barraca encontrada pelo pai de Liana Friendenbach, segunda-feira, num sítio abandonado em Juquitiba, Grande São Paulo. Até a noite de hoje, o sumiço de Liana, de 16 anos, e do namorado, Felipe Silva Caffé, de 19, continua um mistério. Em 17 anos de profissão, o delegado Paulo Koch, titular da Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nunca havia participado de um caso tão "estranho". "Não há indício de nada. Eles simplesmente sumiram. Deixaram tudo intacto. Nem água beberam", disse. As investigações não descartam hipótese. "Eles tanto podem ter sido vítimas de um crime, como seqüestro ou homicídio, quanto ter montado uma cena para desviar a atenção sobre o que realmente pretendiam fazer", afirma o delegado. Mas essa segunda possibilidade é pouco provável. O pai de Liana, Ari Friedenbach, que chegou a empregar um helicóptero para ajudar nas buscas, disse que não vai desistir de encontrar o casal. "Vou procurar o tempo que for preciso." Friedenbach assegura que nunca houve oposição ao namoro, iniciado há menos de dois meses. "O rapaz é trabalhador e muito educado. Ele freqüentava minha casa." Desde segunda-feira, 44 casas da região foram revistadas pela polícia. Todas foram indicadas por moradores do bairro como lugares abandonados onde teria havido alguma movimentação recente. Mas nada de concreto foi levantado pelos investigadores.

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