Oitocentos e quarenta e seis homens da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e fuzileiros navais ocuparam neste domingo, 6, as favelas do complexo do São Carlos e os morros de Santa Teresa, no Rio.
A ação conta com o apoio de 21 carros blindados da Marinha do Brasil. De acordo com o porta voz da Polícia Militar, Coronel Lima Castro, em 30 minutos e sem disparar um tiro, todas as favelas foram ocupadas e agora a operação entra na fase de "vasculhamento das casas".
As bandeiras do Brasil e do Batalhão de choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro foram hasteadas na praça da comunidade dos Prazeres, no Complexo de São Carlos, no Rio, após a ocupação. Segundo a PM, o hasteamento é o símbolo da chegada das Forças de pacificação à comunidade.
A operação policial começou às 4 horas da manhã, dando início ao processo de instalação de Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Complexo do São Carlos, na capital fluminense.
A operação vai ocupar nove comunidades: São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres, atendendo diretamente 26 mil moradores. Cerca de 520 mil moradores serão beneficiados com a ocupação, segundo a PM.
O Complexo do São Carlos vai receber três UPPs ao longo do primeiro semestre de 2011. São Carlos, Fallet/Fogueteiro e Prazeres/Escondidinho serão, respectivamente, a 15ª, a 16ª e a 17ª UPP do projeto de pacificação. As futuras UPPs do Complexo do São Carlos receberão 600 praças, 30 graduados (cabos e sargentos) e seis oficiais.
Marinha
A Marinha do Brasil, autorizada pelo Ministério da Defesa, atendendo solicitação do Governo do Rio de Janeiro, prestou apoio logístico de transporte aos Batalhões de Operações Especiais (BOPE) e de Choque (BPChq) da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) na ocupação das comunidades do complexo de São Carlos, Mineira e adjacências.
Para as ações iniciais foram disponibilizadas seis viaturas blindadas sobre Lagartas M-113 e quatro carros lagarta anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais. Além desses blindados, o Comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, que manobra com os meios navais na área, ainda dispõe de viaturas blindadas sobre rodas Piranha.