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Polícia ocupa favelas no Rio; aluna operada ainda corre risco

Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo de 160 policiais militares, com o apoio de 40 viaturas, ocupou o Complexo da Maré, na zona norte desta capital, composto por 17 favelas, na tentativa de inibir os constantes ataques de traficantes nas imediações de Bonsucesso, principalmente na Avenida Brasil e nas Linhas Vermelha e Amarela. A operação, que não tem data para terminar, começou na Vila do João, sob o comando do coronel José Beltrão, do Comando de Patrulhamento da Capital. Furgões da PM estão funcionando como quartéis-generais da corporação nessas comunidades. Na zona Sul, o Colégio Andrews, localizado no Humaitá, na Zona Sul do Rio, amanheceu com as portas fechadas nesta sexta-feira. Segundo informações, a direção do colégio recebeu uma ligação anônima mandando que as aulas fossem suspensas. O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, acredita que se tratou de trote. A escola recebeu dois telefonemas ameaçadores, um na quarta-feira e outro ontem. Se o colégio abrisse, correria risco de sofrer represália. Hoje, a escola está fechada, mas amanhã, quando há aulas para o segundo grau, o funcionamento será normal, segundo a direção. Fundado há 85 anos, o Andrews é um dos mais tradicionais colégios da zona sul do Rio. Outros colégios do bairro não receberam o telefonema e estão funcionando normalmente, mas para garantir a segurança dos alunos o policiamento em frente às escolas foi reforçado por policiais do 2° Batalhão de Polícia Militar (Botafogo). Cirurgia O neurocirurgião José Augusto Nasser, que participou da operação de sete horas realizada ontem na coluna da estudante Luciana Gonçalves de Novaes, disse que nas próximas 48 ou 72 horas ela deverá permanecer em coma induzido por medicamentos, respirando por aparelhos. Ele informou ainda que é cedo para avaliar se ela perderá os movimentos. Luciana foi baleada dentro da Universidade Estácio de Sá na última segunda-feira. A cirurgia teve sucesso, disse o médico, já que os principais objetivos, que eram fixar a coluna e retirar o projétil, foram alcançados. Segundo o médico, ela ainda correrá risco de vida por uma semana, fase considerada crítica por ele. Depois da primeira semana, serão feitos exames neurológicos para avaliar o estado de Luciana. Ela poderá ser submetida a nova cirurgia, dessa vez para reconstituição da mandíbula de Luciana, por onde entrou o tiro. Desde a internação, Luciana vem fazendo fisioterapia respiratória, para melhorar a ventilação das vias respiratórias e fazer a drenagem das secreções pulmonares. Veja o especial:

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