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Polícia prende 2 fraudadores do INSS

Por Agencia Estado
Atualização:

Agentes da Polícia Federal prenderam nesta quarta-feira dois integrantes de uma quadrilha que já fraudou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em pelo menos R$ 1,3 milhão, nos últimos seis anos. O motorista José Alves Barreto dos Santos, 41 anos, foi detido após sacar R$ 1.320,00 da conta de uma beneficiária e entregar o dinheiro ao ex-Policial Militar Jaci Gomes de Oliveira, de 38 anos, que o aguardava do lado de fora da agência do Banco do Brasil no Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As investigações feitas pela Força-Tarefa formada pela PF, o INSS e o Ministério Público mostraram que o bando sacava benefícios de contas bloqueadas por falta de movimentação, que eram desbloqueadas depois que José Alves Barreto dos Santos se apresentava como procurador do segurado. Nesta quarta-feira à tarde, a dupla sacava dinheiro em nome de Rosalina de Assunção Lopes ? que, segundo a PF, seria uma falsa beneficiária ou uma segurada já falecida. O benefício fora bloqueado na agência do INSS na Tijuca e, em seguida, transferido para o posto Jardim Primavera, onde foi desbloqueado para saque ? o que leva a polícia a acreditar que o grupo conte com participação de funcionários do instituto. O delegado titular da Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Previdenciárias da PF, Roberto Maia, acredita que o bando tenha muitas ramificações. ?É preciso uma estrutura muito grande para que este golpe dê certo. Vamos prender outros fraudadores do mesmo grupo em breve?, afirmou Maia. Os dois presos foram encaminhados ao presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio. O ex-PM havia sido expulso da corporação em 1992, por exigir vantagens no exercício do cargo. O outro fraudador, segundo ele, tem um cargo superior na hierarquia da quadrilha, já que só recebia os cartões magnéticos do INSS e os repassava para ?laranjas? que sacavam benefícios nos postos do instituto. ?Assim como esta dupla, existem muitas outras agindo neste momento?, afirmou o delegado.

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