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Polícia prende assassino de agente penitenciário no ES

Agente foi morto em um bar na Praia Grande

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia do Espírito Santo prendeu um dos assassinos do agente penitenciário Cláudio Luiz de Brito Barcelos, executado no mês passado com sete tiros. O acusado, Caio Mariano Lira, confessou sua participação no crime ao delegado Danilo Bahiense, chefe da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia agora procura por Igor Ferreira dos Santos, apontado por Lira como cúmplice. Também está foragida a traficante de drogas Joelma Santana de Vargas, que teria escrito o bilhete deixado pelos assassinos sobre o corpo do agente. Dois presidiários são acusados de serem os mandantes da execução: Wellington Rodrigues Santana, o Meninão, e Tobias Nascimento, o Tomate. O agente penitenciário tinha 37 anos e foi assassinado na calçada de um bar em Praia Grande. Seus dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 3, presenciaram a execução. No momento do crime, Barcelos estava armado com um revólver calibre 38, mas não teve chance de reagir. Sobre seu corpo, os assassinos deixaram um bilhete ameaçando matar mais agentes caso o governo do Estado não retirasse de Viana a Força Nacional de Segurança. Lira foi detido na terça-feira, junto com sua mulher, Daniele Neves Silva, que está grávida. Ambos estão sob prisão temporária. O possível envolvimento de Daniele no crime está sendo investigado. Em depoimento, o presidiário Wellington Santana admitiu ter falado por telefone com Lira e Igor dos Santos para pedir a eles que aterrorizassem a população. Seu objetivo era pressionar o governo do Estado para a retirada da Força Nacional de Segurança da Casa de Custódia, onde ele e Nascimento estão presos. Eles cumprem pena de 37 anos por assalto e de 10 anos por assalto e tráfico, respectivamente. "Ele (Santana) nega ser o mandante da execução. Mas isso não importa, porque nós temos as interceptações telefônicas", disse Bahiense, que vai ouvir também Nascimento. O delegado disse que, provavelmente, Barcelos foi a vítima escolhida por morar perto da casa de Joelma e, de alguma forma, atrapalhar as atividades da traficante. Ao revistar a casa dela, a polícia encontrou objetos de valor, inclusive uma TV com tela de plasma.

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