Polícia prende dois seqüestradores que agiam em SP

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia prendeu Jorge Mateus Alves, de 19 anos, acusado de ser o líder de uma quadrilha de seqüestradores que age na zona sul de São Paulo. O bando é suspeito de ter praticado pelo menos oito seqüestros desde novembro na capital do Estado, invadindo empresas e casas para levar suas vítimas. Outro integrante da quadrilha foi preso pela Divisão Anti-Seqüestro (Deas) da Polícia Civil: Luís Fernando de Oliveira, também de 19 anos, acusado de atuar como carcereiro para o bando. A Deas suspeita que outros seis homens façam parte do grupo, conhecido como a Quadrilha do Capão Redondo - uma referência ao bairro onde moram os acusados. A polícia continua investigando os crimes para identificar os foragidos. Suas vítimas foram apanhadas, principalmente, na região da Granja Julieta e no Brooklin. A polícia conseguiu capturar Jorge depois de receber uma denúncia anônima por telefone. Ele estava perto de casa, de onde havia saído para trocar seu carro, um Vectra, por outro. Dirigia-se a uma oficina mecânica quando foi parado pelos investigadores da 1.ª Delegacia da Deas, chefiados pelo delegado Newton Fugita. Não estava armado e não reagiu à prisão. Jorge foi apontado por testemunhas de dois seqüestros. A Deas informou que ele foi indiciado nos dois inquéritos. "Temos informações de que participou de oito seqüestros", afirmou o delegado. A polícia apreendeu o Vectra que estava com o acusado. Jorge negou as acusações. O outro integrante do bando foi preso pelos policiais da Deas em casa. A divisão também chegou a Oliveira por meio de uma denúncia anônima. Ele confessou ter participado do seqüestro do publicitário Wagner do Amaral Junior, ocorrido em janeiro. Disse que havia sido convidado por um amigo para tomar conta do cativeiro do publicitário, proprietário da empresa Plena Visão, em Santo Amaro. Os bandidos haviam exigido US$ 2 milhões de resgate, mas a família não tinha condição de pagar uma quantia tão alta. O publicitário foi levado pelo bando em 17 de janeiro, em seu escritório. No dia 21, Amaral Junior aproveitou um descuido dos seqüestradores, saiu do cativeiro e telefonou à polícia. Quando estava no orelhão, foi visto pelos bandidos, que o espancaram. Os criminosos abandonaram a casa e deixaram a vítima para trás quando viram a polícia chegando.

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