Polícia prende dois suspeitos de sequestrar psicóloga

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Por Agencia Estado
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A polícia prendeu no fim da noite de domingo dois dos seqüestradores da psicóloga Anna Maria Abreu Costa Knobell, de 59 anos. Vanderley Narbor Santos, de 36 anos, e Josenildo Nascimento Costa, de 26, - ambos nascidos na Bahia e sem passagens pela polícia paulista - foram presos perto do local do cativeiro, no Jardim Santa Amália, zona leste de São Paulo, horas depois da vítima ter sido libertada pela Polícia Militar. Segundo o delegado Eduardo Camargo Lima, da 2ª Delegacia da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), mais um ou dois bandidos teriam participado do crime. Anna Maria foi seqüestrada na manhã do dia 30, em sua clínica, no bairro do Sumarezinho, zona oeste. Ela foi pega por dois homens encapuzados. A vítima foi retirada da clínica dentro de um caixote de 1,2 metro de comprimento por 50 centímetros de altura - supostamente utilizado para embalar uma geladeira. Os bandidos ainda retornaram para o consultório e dominaram a sócia da psicóloga e uma funcionária. Um dos bandidos avisou que já tinham levado "a patroa" e mandou que avisassem o marido dela. Além do número de telefone dele, levaram a bolsa da psicóloga, que continha talão de cheques, R$ 350 em dinheiro, agenda e telefone celular. A vítima permaneceu por seis dias em poder dos seqüestradores. Foi mantida com capuz e com pés e mãos amarrados num cômodo de cerca de quatro metros quadrados. Os bandidos também permaneciam encapuzados durante o contato com a vítima. Durante o período do seqüestro, a DAS acompanhou o caso a distância e, segundo o delegado, já havia identificado Vanderley como um dos seqüestradores. Os criminosos fizeram o primeiro contato logo no primeiro dia. A polícia não quis revelar o valor do resgate pedido, mas adiantou que os seqüestradores já haviam diminuído o valor exigido inicialmente. Os bandidos tinham como hábito deixar a psicóloga sozinha no cativeiro, mas com o aparelho de som ligado em volume alto. "Assim eles faziam a vítima pensar que estava sendo vigiada o tempo todo", disse o delegado. O cativeiro foi descoberto pela Polícia Militar, por volta das 21h30 de domingo. Anna Maria conseguiu chegar até o interruptor do quarto e passou a acender e apagar a luz sem parar. O sinal teria chamado a atenção de vizinhos, que chamaram a PM para atender o que seria uma briga de marido e mulher. Os policiais militares chegaram ao cativeiro, na Rua Inocêncio Preto Moreira, 3, e libertaram a psicóloga. Segundo a polícia, a casa havia sido alugada um mês antes do crime através de uma imobiliária. Cerca de duas horas depois, policiais militares e da DAS prenderam os seqüestradores, que moravam perto do cativeiro. Eles estariam voltando para o local onde a vítima era mantida. Os bandidos negam a autoria do crime, mas o delegado afirma que as provas encontradas no cativeiro são suficientes para incriminá-los. "Nós temos certeza de que foram eles", disse.

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