Polícia prende em SP primo do atacante Ricardo Oliveira

Diogo Santos é acusado de participar dos ataques do PCC em agosto de 2006

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Primo do atacante Ricardo Oliveira, do Milan (Itália), Diogo Marcos Silva dos Santos, de 20 anos, foi preso pelos policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Ele é acusado de participar do atentado do Primeiro Comando da Capital (PCC) em 7 de agosto de 2006 que destruiu cinco Blazers do Deic, um Astra e uma motocicleta parados em um estacionamento a 200 metros da sede do departamento, no Carandiru, zona norte. Santos confessou o crime e disse que a ordem para o atentado chegou por telefone. O delegado Edison Santi, do Deic, suspeita que o traficante de drogas Eduardo Magrini, o Diabo Loiro, seja quem repassou a ordem da cúpula do PCC para os cinco executores do atentado. Magrini é acusado de ser integrante do PCC e de manter bocas de fumo na Praia Grande (SP). O primo do atacante do Milan morava no conjunto habitacional Cingapura, que fica na Avenida Zaki Narchi, a 50 metros da sede do Deic. Ricardo Oliveira freqüentava a casa dos primos, cuja mãe foi faxineira do Deic. Santos foi preso pela primeira vez por roubo e estava em liberdade condicional depois de cumprir um terço de uma pena de 5 anos e 4 meses. Havia saído da prisão em junho, dois meses antes do atentado. Além dele, os policiais do Deic detiveram Flávio Monteiro Pedrosa, de 20 anos. Também morador do Cingapura, ele confessou o delito. Outros três envolvidos diretamente no atentado são procurados. Segundo o delegado, os cinco pularam, às 4h30, o muro do estacionamento da Rua Antônio dos Santos Neto, onde estavam os carros do Deic. Dominaram um funcionário do lugar e seu irmão, mandando ambos deitar no chão. Os criminosos carregavam três garrafas com combustível. Depois de incendiarem os carros, os bandidos fugiram a pé em direção ao conjunto habitacional. O ataque aos carros do Deic foi uma das principais ações da terceira onda de atentados do PCC no Estado - a primeira ocorreu em maio. A polícia obteve na Justiça a decretação da prisão dos acusados, que foram indiciados em inquérito sob as acusações de incêndio, dano ao patrimônio público e formação de quadrilha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.