Polícia prende funcionários da Funai por contrabando

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu 11 pessoas, sendo sete funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), acusados de contrabando de partes de animais silvestres. A Operação Pindorama, como foi denominada a ação da PF, atingiu os Estados de São Paulo, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Goiás e Amapá e no Distrito Federal, e pode levar mais pessoas à cadeia. Até a loja oficial da Funai em Brasília, conhecida como Artíndia, recebeu uma batida dos policiais. Os outros quatro presos eram comerciantes de artesanato, principalmente de origem indígena. Segundo a Polícia Federal, os funcionários da Funai usavam os próprios índios para adquirir partes de animais, como garras, dentes, ossos e penas, inclusive de espécies em extinção e raros, para serem enviados para o exterior, onde eram comprados por comerciantes de artesanato. Além disso, o grupo, que pode ser indiciado por formação de quadrilha e por crime contra o meio ambiente, também estava se utilizando de mão-de-obra indígena. Hoje foram presos os funcionários da Funai Felipe Marcelino Vilela, Liláz de Souza Loureiro, Maria de Jesus Oliveira, Antônia e Souza Oliveira, Nerli Polli Stanger, Francisco das Chagas Cavalcante e Lígia Neiva, além dos comerciantes Noel Rachid Silva, Marcelo Leal Bicelli e João Carlos Dull e Arlisson Kléber Gonçalves Henrique, funcionário de uma loja de artesanato pertencente a uma associação de indígenas de Macapá. As operações também continuam sendo realizadas no Acre, Amazonas, Roraima e Bahia.

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