Polícia prende homem que invadiu prédio da Bovespa em SP

Carlos Eduardo de Melo Menezes, que se identificou como repórter-fotográfico, mobilizou equipes especiais da Polícia Militar,ficou no prédio por mais de uma hora

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um falso homem-bomba provocou tumulto no centro de São Paulo na tarde desta sexta-feira, 24. Ele foi preso após invadir o prédio da Bolsa de Valores (Bovespa), na Rua 15 de Novembro, alegando estar com explosivos amarrados ao corpo. Carlos Eduardo de Melo Menezes, de 31 anos, que se identificou como repórter-fotográfico, mobilizou equipes especiais da Polícia Militar e ficou no prédio por mais de uma hora até se entregar. Menezes entrou no térreo da Bovespa às 16h10, todo vestido de preto. Já no saguão, pôs um capuz, disse que tinha o corpo envolto por bombas e iria explodi-las. Só se entregou às 17h20. Nesse meio tempo, policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e guardas civis municipais interditaram as ruas que dão acesso à Bovespa e isolaram a porta do prédio. Segundo a polícia, Menezes disse ser integrante de uma organização não-governamental internacional, identificou-se como repórter-fotográfico e afirmou que agia em protesto contra o sistema financeiro. As falsas bombas eram, segundo a polícia, baterias de filmadora. A confusão atraiu muitos curiosos. "Não estou com medo da bomba. Brasileiro não tem medo, é curioso", disse a auxiliar de escritório, Maria Aparecida Santos, de 26 anos. Para o vendedor Márcio Rodrigo de Oliveira, de 30 anos, todo o episódio foi "emocionante". "A primeira análise é essa, a da emoção. Mas acho isso tudo também muito preocupante, não deveria acontecer", afirmou Oliveira. Em nota divulgada no fim da tarde, a Bovespa lamentou o episódio e informou que "não houve interrupção das operações". Matéria alterada às 21 horas para acréscimo de informações

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