SÃO LUÍS - Dois suspeitos de assassinarem o turista holandês Ronald Wolbeek, de 60 anos, no domingo, 15, em São Luís, foram presos nesta sexta-feira, 20. A informação foi confirmada pelo delegado Jeffrey Furtado. "Essas pessoas estão prestando esclarecimentos. Elas já têm, inclusive, mandados de prisão por assalto. Mas é preciso tempo para que a gente possa continuar a investigação", afirmou o delegado, que revelou existir um terceiro suspeito sendo procurado.
Enquanto isso, a mulher de Wolbeek, Maria Rawi, de 69 anos, está morando de favor em uma pousada no bairro do Araçagy. Ainda abalada com a morte do marido, a viúva disse estar insatisfeita com as investigações da polícia, pois ela ainda afirma que vem sendo tratada como suspeita e não como vítima. Ela está com a conta bancária e o cartão de créditos do marido bloqueados. No domingo, ela foi submetida a exames residuográfico e toxicológico.
O corpo de Ronald foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e será cremado, atendendo um desejo da família. Somente após cremação, os restos mortais devem ser transportados para a Holanda. As despesas do funeral foram avaliadas em R$ 6 mil.
Na madrugada de domingo, Ronald Wolbeek foi assassinado com um tiro no peito dentro do veleiro em que viajava com a mulher. O casal estava no Brasil desde dezembro e havia chegado à Baía de São Marcos, um dia antes do crime.
Maria Rawi contou que o casal saiu da Holanda em meados de setembro, e passou por Bélgica, França, Portugal, Espanha, Ilhas Canárias e Cabo Verde. Os dois pretendiam seguir para o Amazonas, a Guiana Francesa e o Suriname.