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Polícia prende suspeitos do roubo da CUT

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos quatro suspeitos de envolvimento ao roubo na sede da CUT - ontem de madrugada - foram presos nesta noite pelos policiais do Deic. Eles estão agora na 4a. Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar). Armas foram apreendidas, entre elas, uma submetralhadora. Os suspeitos serão ouvidos pela polícia durante a madrugada. O prédio foi invadido por 10 homens encapuzados e com armamento pesado na madrugada de sábado. Dois assaltantes usavam boné e colete a prova de bala da Polícia Civil e chegaram ao local aproximadamente às 2 horas. Eles renderam o vigia e, em seguida, mais oito homens entraram. Os assaltantes estacionaram um caminhão, sem placa, na garagem do prédio e começaram a vasculhar todas as salas do prédio que abriga além da CUT Nacional, a CUT São Paulo e várias confederações. Os homens arrombaram gavetas e armários. Segundo levantamentos preliminares, foram roubados cofres, computadores e outros equipamentos. O presidente nacional da CUT, João Felício, dará entrevista coletiva amanhã, às 15 horas, quando fará um balanço dos valores e documentos retirados da sede da CUT Nacional no atentado desse sábado. Por solicitação da polícia, até as 12 horas de amanhã nada será mexido na cena do crime, para não comprometer possíveis novas perícias. A Central divulgou ontem nota oficial, informando o assalto. ?Tal como a população brasileira, a CUT foi vítima da violência que cresce vertiginosamente, principalmente no Estado de São Paulo. O país está cada vez mais refém do crime organizado. Uma ação nas proporções da que aconteceu na sede da Central não pode ser considerada como um simples roubo, pois tem características de uma ação planejada e dirigida. É muita coincidência ter acontecido durante o Fórum Social Mundial, do qual a CUT é uma das entidades organizadoras. E justamente na madrugada do dia em que a Central aprovou em uma Plenária Popular e Sindical em Porto Alegre a data de 21 de março para a Greve Nacional contra a redução dos direitos dos trabalhadores garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pelo direito à greve e por justiça e contra a violência?, traz a nota. O documento cita também a morte de dirigentes sindicais, como Aldanir dos Santos, membro da Executiva da CUT, assassinado com um tiro na cabeça em dezembro do ano passado no Rio de Janeiro - e até hoje sem esclarecimento - , as mortes dos prefeitos de Campinas (Antonio Carlos dos Santos, o Toninho do PT) e o de Santo André, Celso Daniel, também do PT. Para os dirigentes da central, as mortes ?tentam gerar um clima de intimidação entre os que lutam pelos direitos dos trabalhadores e por um país com justiça social?. Por fim, o conteúdo da nota traz a exigência de que os governos de São Paulo e federal apurem e punam imediatamente os responsáveis pela agressão à sede da CUT. ?Bem como a urgente implementação de uma política pública de Segurança Nacional. A sociedade brasileira não suporta mais tanta impunidade?.

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