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Polícia prende "Tiazinha" e "MacGiver"

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Civil prendeu no começo da semana o ladrão Davi Stockler Ulhoa Maluf, de 30 anos, apelidado de "MacGiver". Ele é acusado de ser o responsável pela fabricação de bombas que são amarradas aos corpos de parentes e de funcionários de joalherias, indústrias de jóias, gerentes e tesoureiros de bancos para obrigá-los a entregar jóias, ouro e dinheiro. Ulhoa fornecia artefatos para duas quadrilhas especializadas neste tipo de crime, que estão agindo em São Paulo, no interior e outros Estados. Para cada ação, MacGiver monta um tipo de bomba. Os grupos começaram a praticar esse tipo de crime no início do ano passado. Entre as vítimas estão as joalherias H. Stern e Vivara, um empresário do ramo de pedras preciosas, uma indústria de jóias e comerciantes que, com medo das ameaças, não procuraram a polícia. Na semana passada, foi preso mais um integrante do grupo: Rodrigo Octávio Carmesin Catapani, de 23 anos, o "Tiazinha". Ele também é autor de assaltos a prédios de apartamentos de luxo em São Paulo. Já foram detidos pela polícia Luciano Nuzzo Gallão, a mulher, Ana Lúcia, e Carlos Alberto Rodrigues. O delegado Edson Santi, do Departamento de Investigações Sobre Crimes Patrimoniais (Depatri), responsável pelas prisões, disse que a quadrilha é perigosa e audaciosa. O coordenador dos ataques é Carlos Alberto de Andrade, o "Body Glove", que está sendo procurado. "Os participantes dos dois grupos se conheceram na cadeia. Fazem levantamento das vítimas, fotografam casas, homens, mulheres e crianças antes dos ataques", declarou Santi. Dos valores roubados, os policiais recuperaram jóias avaliadas em US$ 200 mil (cerca de R$ 468 mil) da Vivara e 3 dos 5 quilos de esmeraldas do empresário Dalton Canelhas, dono de uma lapidação de pedras preciosas. Santi está atrás dos receptadores. "Parte das esmeraldas foi mandada para a Tailândia, e as jóias da H. Stern teriam sido derretidas", afirmou o delegado. As jóias da Vivara estavam com o ladrão Tiazinha - ele ganhou o apelido porque teria namorado a atriz Suzana Alves antes de ela ser famosa e ele ter-se envolvido com o crime. Os assaltantes foram indiciados por extorsão mediante seqüestro e formação de quadrilha. Podem ser condenados de 12 a 20 anos.

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