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Polícia prende um dos vândalos de Viseu

Homem estava com aparelhos de vídeo roubados do Fórum

Por Carlos Mendes
Atualização:

A polícia do Pará prendeu um homem que teria admitido participação na invasão, quebra-quebra e incêndio do Fórum e da delegacia policial de Viseu, na região nordeste do Estado, anteontem. O homem, cuja identidade não foi divulgada, foi preso com três aparelhos de vídeo que estavam sob guarda da Justiça no Fórum. Segundo a polícia, ele disse que a destruição dos prédios públicos foi uma resposta à morte de Joelson Silva, de 16 anos, pelo policial conhecido como cabo Dos Santos. O preso conhece os outros envolvidos no vandalismo e teria indicado os locais onde residem. Outras sete pessoas presas foram liberadas, ontem, por falta de provas. Cinco motocicletas, várias armas e computadores roubados do foram recuperados. Cerca de 80 policiais militares e civis estão na cidade para manter a ordem e tentar capturar os oito presos libertados pelos vândalos. Quatro PMs envolvidos na morte do adolescente foram afastados de suas funções e cumprem expediente interno no quartel de Bragança, município vizinho. Em Belém, o juiz titular da comarca de Viseu, César Augusto Rodrigues, disse que todos os processos criminais e cíveis foram queimados pelos invasores. Os processos eleitorais ainda tinham cópias no Tribunal Regional Eleitoral, em Belém. Em nota, a presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Albanira Bemerguy, condenou o atentado, afirmando que a depredação de prédios públicos e destruição "estão na contramão do esforço que autoridades e entidades responsáveis vêm desenvolvendo em favor da paz e da harmonia sociais". Para ela, ocorrências como a de anteontem em nada contribuem para o bem-estar da população. "Pelo contrário, estimulam notícias e imagens negativas sobre o nosso Estado, a despeito do potencial de riqueza natural e cultural que incluem o Pará entre os mais importantes integrantes do sistema econômico e social do País." A desembargadora pediu que a polícia amplie seu contingente em Viseu para "dar maior tranqüilidade à população e funcionamento normal às instituições".

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