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Polícia procura mulher que teria visto quem baleou Luciana

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia procura por uma mulher que presenciou o momento em que a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, foi baleada, em 5 de maio, na Universidade Estácio de Sá. Ela é angolana, trabalhava em uma das lanchonetes do campus, e estava no balcão na hora do tiroteio. A testemunha, que mora na favela Vila do João, no Complexo da Maré (zona norte), pediu demissão do emprego no dia seguinte ao crime. Seu depoimento se tornará mais importante caso o perito Ricardo Molina, da Unicamp, não consiga recuperar as imagens captadas pelo circuito interno de segurança da universidade, como acreditam fontes da polícia. O material é fundamental para identificar a pessoa que atingiu a estudante. Sobre a adulteração das imagens, a polícia está certa de que ela envolveria as duas pessoas já indiciadas por fraude processual - Marcelo Mariano, gerente administrativo da Estácio, que teria solicitado a adulteração, e Luiz Carlos Ferreira Duarte, gerente de tecnologia da TeleSegurança, empresa responsável pelas câmeras, que teria executado a fraude -, além do policial civil Marco Ripper, indiciado por prevaricação. Está previsto para sexta-feira uma acareação entre Ripper e Marcelo Mariano. Nesta quarta-feira, um dos sócios da lanchonete onde a testemunha trabalhava, Rosemberg Ferreira, prestou depoimento ao delegado Luiz Alberto Andrade, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Andrade pediu que Ferreira leve a angolana para ser ouvida pela polícia. Nesta terça-feira, outro sócio da lanchonete, Sérgio Duarte, prestou depoimento. Durante a tarde desta quarta, o delegado esteve reunido por cerca de uma hora com a promotora Mônica Di Piero, da 1ª Central de Inquéritos, e com Marina Magessi, chefe do Setor de Inteligência da Polícia Civil. O teor da reunião não foi repassado à imprensa. Segundo a polícia, um advogado da Estácio de Sá disse que 1.500 estudantes já entraram com pedido de transferência da universidade.

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