Polícia procura pista de fornecedor das armas da favela

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Por Agencia Estado
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O delegado Rodolfo Waldeck, diretor da Polinter, disse hoje que vai pedir às Forças Armadas ajuda para identificar a origem das minas terrestres e granadas apreendidas ontem em uma casa da Favela da Coréia, na zona oeste, para chegar aos fornecedores de armas. Ele afirmou que o Exército e a RJC, empresa fabricante das granadas, que fica em Lorena (SP), serão ouvidos na investigação da unidade especializada. ?A apreensão vai nos propiciar o rastreamento para chegar às quadrilhas de traficantes de armas?, afirmou. Depois de cinco dias no Complexo do Alemão, a Polícia Civil encerrou a ocupação que tinha como objetivo encontrar Eduíno Eustáquio de Araújo Filho, o Dudu. Com informações de que o bandido que tentou invadir a Rocinha no último dia 8 já pode ter deixado a área, os policiais suspenderam o caráter permantente da operação, mas permanecerão checando denúncias e dados do setor de inteligência. ?Vamos continuar o trabalho no Alemão e em em outras favelas, apenas não vamos manter a ocupação?, disse o delegado Alan Turnowski, coordenador da polícia especializada. Na madrugada de hoje, policiais prenderam três bandidos que estariam, segundo eles, se preparando para invadir o Morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte. De acordo com o delegado Alan Luxardo, que comandou a operação, eles planejavam para a madrugada de hoje a tomada das bocas-de-fumo do morro, numa ação parecida com a do bando de Dudu na Rocinha na Sexta-Feira Santa. Segundo os policiais, José Amarildo da Costa, o Maílson, de 43 anos, queria retomar o comando do tráfico no Dendê, que já foi de seu irmão, Ronaldo de Souza da Costas, o Miltinho, que está foragido. Ele contava com a ajuda de Israel de Oliveira, de 39 anos, que seria o mentor da invasão. Eles foram presos de madrugada na Rodovia Niterói-Manilha. Edson Luiz dos Santos, o Telê, foi preso em uma casa em Mangaratiba, no litoral sul do Estado. Um dos chefes do tráfico na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, ele seria o braço forte do grupo e ajudaria com homens e armas. O diretor de polícia da capital, delegado Ricardo Martins, acredita que os bandidos queriam aproveitar a mobilização da polícia em torno da captura de Dudu para invadir o Dendê. Apesar de não ter sido encontrado com eles armas, munição e drogas, o delegado Alan Luxardo disse a polícia continua investigando outros bandidos que planejavam a invasão. ?O importante é com essa desarticulação evitamos banho de sangue que estava prestes a acontecer.?

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