Polícia procura responsável por túnel

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Por Agencia Estado
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O secretário estadual de Segurança, coronel Josias Quintal, afirmou nesta quarta-feira ser ainda muito cedo para apontar os nomes de possíveis responsáveis pelo túnel descoberto na segunda-feira passada que ligaria a Favela do Boqueirão aos presídios Bangu 1 e 3. Admitiu, porém, que a construção deve ter sido planejada por algum "chefe do alto comando do tráfico de drogas". Nesta terça-feira, o diretor do Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe), Manuel Pedro da Silva, disse suspeitar da participação dos traficantes Márcio Amaro e Márcio Nepomuceno - que dividem o apelido de Marcinho VP; de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê; e de Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel. Quintal afirmou ainda que a construção de um túnel reflete o desespero dos criminosos encarcerados nos presídios de segurança máxima situados em Bangu. "Já que se tornou muito difícil a fuga pela superfície, eles estão partindo para esses artifícios", argumentou. Ele disse que a polícia continuará atenta a novas denúncias. O delegado da 34.ª DP, Irineu Barroso, responsável pela investigação, voltou a afirmar, nesta quarta-feira, que suspeita do envolvimento de funcionários do Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe). "Todos são suspeitos", declarou. Ele negou a informação de que um engenheiro de Goiânia seria o responsável pela obra, cuja qualidade técnica foi elogiada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio (Crea-RJ). Mais 27 policiais - 16 militares e 11 civis - foram colocados em disponibilidade pelo governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB). O decreto foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial. Com isso, o total de policiais afastados de suas funções por envolvimento em irregularidades na gestão Garotinho cresce para 754, segundo a Secretaria de Segurança. Nesta quarta, durante a inauguração da Delegacia Legal da Gávea, na zona sul, Josias Quintal afirmou que novas listas estão sendo elaboradas.

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