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Polícia tem pista dos outros seqüestradores de empresário

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia de Sorocaba já tem pistas sobre o paradeiro de outros dois integrantes do bando que seqüestrou e manteve em cativeiro por 119 dias o empresário Roberto Benito Júnior, das Lojas Cem. As informações foram obtidas durante o interrogatório do seqüestrador Wanderley José da Silva, de 33 anos, preso nesta quarta-feira, em Sorocaba. Na casa de Silva, a polícia apreendeu 30 notas de US$ 100,00, das quais 20 tinham os números de série das usadas no pagamento do resgate. O delegado seccional Everardo Tanganelli Júnior conseguiu os endereços dos dois homens. A equipe do delegado esteve nesses locais, mas os possíveis seqüestradores já tinham fugido. "Não demora para que sejam presos", disse. Nomes e locais de residência dos suspeitos estão sendo mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações. Eles teriam participado da abordagem ao empresário, rendido pelo bando quando seguia para casa, no centro de Salto, cidade da região, no dia 2 de outubro do ano passado. Tanganelli aposta nessas prisões para chegar ao líder do bando, um seqüestrador que a polícia chama de "Mineiro", por causa do seu sotaque. Segundo o delegado, ele vem agindo no Estado de São Paulo há pelo menos cinco anos. Silva, o seqüestrador preso, disse que participou apenas da parte logística da ação, levantando dados sobre o empresário. O delegado não acredita nessa versão. "Ele não deve ter participado do planejamento, mas sim da execução", acredita. A mulher de Silva, Neila de Oliveira Machado da Silva, que também estava detida, foi liberada nesta quinta-feira por falta de provas de sua participação no seqüestro. O doleiro Aman Hassan Issa, de São Paulo, continuava preso. Ele foi apontado como o receptador dos dólares pagos no resgate. Em seu escritório, a polícia apreendeu US$ 10,5 mil, cujas notas também tinham sido marcadas.

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