Polícia tem uma surpresa: o preso poder ser homem do PCC

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Por Agencia Estado
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Era um plano arrojado: assaltar o depósito de mercadorias apreendidas pela Alfândega do porto de Santos. Mas ele foi desmontado pela polícia quando já estava sendo executado, no domingo. Quatro assaltantes foram presos na operação e, para a surpresa dos policiais, Robson Menatti da Figueira, de 30 anos, era na verdade Robson Lima Ferreira, de 28 anos. Ele está condenado a pena de 30 anos de reclusão e foragido do presídio de Franco da Rocha desde o ano passado. Mais: seu apelido é Marcolinha e a polícia suspeita que seja um dos braços armados do PCC e primo de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos principais líderes da facção criminosa e que cumpre pena em Presidente Bernardes. Segundo o delegado Gaetano Vergine, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, Ferreira negou ser primo de Marcola e também a participação na tentativa de assalto no depósito de cargas apreendidas pela Alfândega. Ele foi preso no domingo, quando estava dentro de um carro estacionado nas imediações do local do crime, junto com o cabo da PM Edson Alberto Brazolin, de 33 anos. Eles alegaram estar esperando um amigo, mas os policiais que haviam cercado a área não se convenceram. Na revista, encontraram no veículo uma pistola calibre 380 e um revólver 38, além de fita que bandidos usam para amordaçar suas vítimas, um rádio transmissor sintonizado na freqüência da PM, um celular e dos telefones móveis Nextel, que são usados também com rádio. "Eles estavam próximos ao local do crime, tinham armas e a desculpa não convenceu", explicou o delegado Gaetano Vergine. Os dois foram autuados e, mesmo negando a participação no crime, a polícia tem certeza de que faziam parte da quadrilha, composta por cerca de 15 membros. Os demais ainda não foram presos.

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