PUBLICIDADE

Polícia tenta conter guerra do tráfico em morros do Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Policiais civis e militares realizaram hoje operações para conter a guerra entre facções criminosas no Rio. Em Senador Camará, na zona oeste, dois bandidos morreram numa troca de tiros com a polícia. A disputa por pontos-de-venda de drogas na região que começou no fim de semana deixou ontem, pelo segundo dia consecutivo, mais de uma dezena de escolas vazias. A crise em Senador Camará começou na noite de sexta-feira, quando traficantes da Favela do Rebu, apoiados pelo bando do traficante Robinho Pinga, da Favela da Coréia, tentaram tomar a Favela do Sapo. Policiais do Batalhão de Bangu ocuparam a área, mas há quatro dias moradores sofrem com os tiroteios. Nove pessoas já morreram. Ontem à tarde, dois bandidos foram mortos na Favela do Sapo pela polícia. Com eles estavam um fuzil 762 e um revólver calibre 38. Na Favela da Coréia, um homem com um rádio-transmissor foi preso. No Rebu, outro bandido foi preso com dois revólveres. Para o coronel Miguel Carlou, comandante do batalhão, as operações demonstram que os bandidos continuam em seus redutos à espera de uma chance para se enfrentar. Ele afirmou que a polícia mantém a ocupação nas favelas durante o dia para dar segurança à população. Durante a noite, os PMs controlam quem entra e sai nos acessos. Algumas escolas públicas que suspenderam as aulas na manhã de segunda após um tiroteio abriram as portas hoje, mas a freqüência caiu. A maioria das unidades, como os Cieps, permaneceu fechada. Carlou informou que policiais foram destacados para o patrulhamento escolar com prioridade para Senador Camará. Na zona norte, a situação ontem era tranqüila no Morro do Adeus, atacado na madrugada do domingo por bandidos do Complexo do Alemão. Cerca de cem homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) fizeram uma operação na localidade do Alemão conhecida como Grota com a ajuda de um helicóptero. Houve rápida troca de tiros. De acordo com o delegado Rodrigo Oliveira, titular da DRE, o objetivo era enfraquecer o tráfico e checar informações sobre a origem do grupo do Comando Vermelho que invadiu o Adeus. Os policias tinham informações sobre um esconderijo de traficantes, mas só detiveram três menores para averiguação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.