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Polícia vai pedir exame de DNA de irmã de Pedrinho

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia de Goiás deverá requisitar exame de DNA de Roberta Jamilly Martins Borges, irmã adotiva de Osvaldo Borges Júnior, o Pedrinho, para saber se ela é Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, que foi sequestrada em 4 de março de 1979, em uma maternidade de Goiânia. A Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) desarquivará amanhã o inquérito que apurou o rapto de Aparecida, arquivado por não ter autoria. Segundo o delegado titular da Deic, Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, não haverá dificuldades na resolução do caso já que existem vários documentos no inquérito que podem ser utilizados agora. "Esperamos que tenha o retrato falado, já que as pessoas que sabiam do caso têm poucas recordações da mulher que raptou a criança, em 79", afirma Santos. Uma das suspeitas do sequestro é a mãe de Roberta, Vilma Martins da Costa, que foi acusada pela polícia do Distrito Federal de ter tirado Pedrinho da maternidade Santa Lúcia, em Brasília, em 1986. Roberta foi registrada em 1997 por Osvaldo Borges, pai adotivo de Pedrinho, que morreu de câncer, há quase dois meses. Segundo ela, seu pai verdadeiro é Jamal Rassi, cujo sobrenome chegou a utilizar em documentos escolares, mas nunca na certidão de nascimento. "Eu levava o nome dele porque era filha dele. Filha de nome, porque não vivo de sobrenome", afirma Roberta, explicando que pediu a Osvaldo que a registrasse para poder participar de uma competição. Ela não descarta a possibilidade de ser submetida a exame de DNA, como quer a polícia. Segundo o delegado Santos, as principais coincidências no caso do desaparecimento de Aparecida estão justamente no modo em que a menina foi raptada, semelhante ao de Pedrinho. "A relação das datas também é igual demais", afirma o delegado. Aparecida nasceu no dia 4 de maio de 79, enquanto que nos documentos escolares de Roberta consta seu nascimento um dia após o sumiço do bebê, na maternidade 13 de Maio, em Goiânia. Na semana passada, Guiomard Costa, irmã de Vilma, deu um depoimento à polícia afirmando que a sobrinha Roberta também foi "arrumada", da mesma forma que Pedrinho. Entretanto, o local não seria Goiânia, mas Taquaral, uma cidade de 3.500 habitantes, a 80 quilômetros da capital. "Não vamos parar as investigações neste local, mas iremos centralizar a apuração no caso de Aparecida, onde existem documentos mais consistentes", diz o delegado.

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