Policiais amazonenses serão afastados por homicídio e extorsão

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Por Agencia Estado
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Pelo menos 60 policiais militares do Amazonas serão expulsos da corporação até o fim de março por crimes como extorsão e homicídio. O subcomandante da Polícia Militar no Estado, coronel João de Souza Pessoa, afirmou que três policiais já foram afastados no fim do ano passado, até o fim de fevereiro serão mais 13 e até março outros 44. "Pela depuração das investigações na corregedoria, até o fim deste ano o número de policiais afastados poderá chegar a cem", afirmou. Há 2,3 mil policiais militares em todo o Estado. Os policiais estão sendo investigados pela corregedoria da polícia militar desde março do ano passado, quando houve troca no comando da PM. A corregedoria mudou-se para um prédio, onde trabalhou em sigilo, com uma equipe de cerca de 80 pessoas. O material das investigações foram denúncias da imprensa local ou anônimas sobre os policiais militares, acusados de homicídio, roubo e extorsão no Amazonas. Segundo o subcomandante, pelo menos 90% das denúncias são sobre policiais que atuam em Manaus. Os policiais que não serão expulsos, por não terem cometido crimes, segundo o subcomandante da PM, poderão ser remanejados para cargos administrativos. "Há muitos que precisam de um treino humanitário, que estão sendo investigados por abuso de autoridade ou maus tratos verbais com o cidadão", destacou. Na madrugada desta terça-feira, o policial militar Carlos Roberto Nazaré Alencar, de 29 anos, teria matado com tiros à queima-roupa, no bairro Canarana, na periferia de Manaus, quatro jovens que teriam participado de um roubo em sua casa no fim de semana. O policial foi detido hoje. "O policial estava afastado há 10 dias para tratamento psiquiátrico e é um dos alvos dessa investigação", afirmou Pessoa.

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