05 de novembro de 2008 | 19h03
Os policiais civis do Rio Grande do Sul ameaçam prolongar a paralisação que começou na terça-feira, 4, caso a Secretaria de Segurança Pública confirme a ameaça de cortar o ponto dos servidores parados. Programado para terminar nesta quinta-feira, 6, o movimento atingiu 90% das delegacias de Porto Alegre. No interior, 80% paralisaram suas atividades. Todas, no entanto, mantêm servidores trabalhando para atender casos mais graves, como homicídios e latrocínios. Após reunião com representantes do governo estadual, na tarde desta quarta-feira, 5, os representantes da categoria afirmaram que nenhuma de suas reivindicações, como a criação de um plano de carreira para a Polícia Civil, além de um concurso público para a contratação de novos agentes, foram atendidas. O presidente do Sindicato dos Escrivães, Investigadores e Inspetores (Ugeirm), Isaac Ortiz, disse que o que foi oferecido já está garantido por lei ou sendo discutido na Justiça. "Saímos da reunião conforme entramos, sem nenhuma nova proposta". Um dos itens apresentados pelo governo, a matriz salarial foi, segundo o sindicalista, conquistado em 2004 e que para o próximo ano teria um percentual um pouco maior. Para tentar chegar a um acordo, uma nova reunião com o governo vai ser marcada para a semana que vem. Caso isso não aconteça, mesmo com a ameaça do corte de ponto, novas mobilizações não estão descartadas. "Vamos reunir a categoria novamente e ver o rumo que vamos fazer", explicou Ortiz.
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