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Policiais criminosos serão demitidos, reafirma Alckmin

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse hoje que, se ficar comprovada a participação de policiais de Campinas na quadrilha de Wanderson Nilton de Paula, o Andinho, eles serão demitidos. "Todo mundo que estiver envolvido em crime vai para rua, isso é ordem no governo", disse. "E depois de demitido, responderá a processo." Alckmin espera que a Assembléia Legislativa paulista aprove projeto de lei do Executivo que muda o regime disciplinar da polícia. A votação será na quarta-feira, dia 12. "Não é para tirar o direito de defesa de ninguém, mas para tornar mais ágil o procedimento de demissão do policial, evitar os vários recursos, apurar e punir mais rapidamente". O governador voltou a elogiar o trabalho dos policiais de um modo geral - 85 mil na PM e 40 mil na Civil -, e afirmou que a maioria desenvolve um bom trabalho. Alckmin negou, mais uma vez, que o empenho demonstrado pela polícia neste último mês seja uma resposta às criticas do ex-prefeito Paulo Maluf, candidato do PPB à sucessão paulista. "A polícia está de parabéns e não tenha dúvida de que estamos revertendo o quadro de crise na segurança, mas estamos cumprindo o nosso dever, que é de governar com eficiência", disse Alckmin. O objetivo, segundo o governador, é oferecer bons serviços à população, seja na segurança seja no setor de transportes, saúde, educação etc. Sobre novas ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), Alckmin disse que o governo paulista está preparado para o combate. Ele avaliou como "fatos isolados" os casos de "toque de recolher", determinados pelo PCC na quarta-feira, na Favela do Jardim Alba, na zona leste, e na Faculdade São Judas, na Mooca. "A polícia já tomou providências." Entre as operações bem sucedidas da polícia, Alckmin citou a blitz da Polícia Civil ontem na Favela Pantanal, na zona sul, e a apreensão de um caminhão com uma carga de munição - cerca de 300 mil projéteis de vários calibres -, no município de Aguaí. "Estamos promulgando uma lei que permite, dependendo do caso, ao governo utilizar o armamento apreendido", disse Alckmin. O governador sancionou hoje lei que institui o Serviço Voluntário na Polícia Militar e permite a contratação de jovens entre 18 e 25 anos para substituir soldados PM em serviços de apoio. Cerca de seis mil PMs voltarão para o policiamento ostensivo e preventivo. O processo seletivo começa na semana que vem e haverá cerca de dois meses de treinamento. "Acho que em julho está todo mundo nos seus postos", disse Alckmin.

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