Policiais de AL em greve fazem passeata de protesto

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os policiais civis de Alagoas, em greve há duas semanas, realizaram hoje um café da manhã na Praça dos Martírios, em frente ao Palácio Floriano Peixoto, sede do governo do Estado, em Maceió. Logo depois, eles saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade, em protesto contra o que chamam de descaso do governo do Estado em resolver a situação salarial da categoria. O diretor de formação do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Alagoas (Sindipol), José Carlos Fernandes dos Santos, disse que a passeata serviu para denunciar à população a falta de compromisso do governo em pôr fim ao impasse nas negociações. Segundo ele, as negociações estão emperradas porque o governo se recusa a negociar com a categoria um reajuste salarial de 75%. O índice chegou a este patamar para que haja o cumprimento da data base de 2003 e a correção das perdas salariais dos últimos dois anos, além de direitos assegurados nas leis 6.276 e 6.277, de 2001. O Sindipol afirma que os policiais civis alagoanos ganham o pior salário do Brasil. A média salarial da categoria é de R$ 600. Segundo o Sindicato, com a greve, apenas os flagrantes estão sendo lavrados nas delegacias. Já o diretor-geral de Polícia Civil de Alagoas, delegado Roberto Lisboa, garantiu que o atendimento nas delegacias de todo o Estado vem sendo mantido, mesmo com a greve. O secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino, também garantiu que a paralisação não está comprometendo a segurança da população, embora o número dos casos de violência continue acima da média. O secretário estadual de Administração, Valter Oliveira, disse que se dispõe a receber uma comissão dos policiais, mas adiantou que não tem condições de conceder reajuste aos servidores, porque já está gastando mais do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, o Estado está comprometendo 51,5% da sua arrecadação mensal com a folha de pessoal, quando o limite é de 49%.

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