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Policiais depõem sobre morte de aposentado

Por Agencia Estado
Atualização:

Os policiais de Campinas que participaram da diligência na casa do aposentado Jorge José Martins, quando ele foi atingido e morto por um dos investigadores, estão sendo ouvidos pela Corregedoria da Polícia do Estado, em São Paulo. Os depoimentos dos sete policiais da Delegacia Anti-Seqüestros (Deas) envolvidos na ocorrência serão colhidos pelo delegado Dênis Castro. Promotores do Ministério Público de Campinas também acompanham as audiências, que tiveram início nesta terça-feira e devem ser encerradas nesta quarta. No dia 23 de maio passado, os policiais foram até a casa do aposentado com um mandado de busca e apreensão, porque receberam denúncia de que funcionava um cativeiro no local. Martins, de 55 anos, foi atingido por tiros disparados por um policial, que tem a identidade mantida sob sigilo. Ele alegou que o aposentado atirou primeiro, com um revólver calibre 38. Os filhos do aposentado negam que o pai estivesse armado. Na semana passada, uma equipe da Corregedoria esteve na casa de Martins para fazer uma perícia técnica. Também na semana passada, o ouvidor das Polícias Estaduais de São Paulo, Fermino Fecchio Filho, fez graves acusações contra os policiais envolvidos na diligência. Afirmou que o aposentado ?foi executado? e que o mandado de busca era ?forjado?. O ouvidor denunciou ainda que os filhos do aposentado foram algemados durante a ação e que a vítima deu entrada no Hospital Mário Gatti apenas uma hora depois de ter sido levado da casa pelos policiais. A Deas afirma que a ação foi regular e que o investigador reagiu para defender a equipe. Segundo a delegacia, as provas periciais confirmam essa versão. A Promotoria informou que vai acompanhar o caso para verificar o andamento das investigações e se haverá necessidade de instaurar processo judicial. Nesta terça-feira, depuseram três policiais, e, às 18 horas, a audiência ainda não havia sido encerrada. Os outros quatro serão ouvidos nesta quarta-feira.

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