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Policiais do Gradi são denunciados por tortura

Por Agencia Estado
Atualização:

O tenente coronel Roberto Mantovan, ex-coordenador do extinto Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância (Gradi) - ligado ao serviço secreto da Polícia Militar -, e 13 outras pessoas foram denunciadas por crime de tortura. Eles são acusados de espancarem os presos Ronny Clay e Rubens Leôncio, que participaram de algumas ações policiais e tentaram fugir, temendo serem assassinados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A acusação foi feita por uma equipe de cinco promotores especialmente designados pela Procuradoria Geral da Justiça. Os dois presos haviam sido retirados com autorização judicial do Centro de Observação Criminológica (COC), no Carandiru, para participarem de investigações em outras ações policiais. O Gradi vinha realizando algumas operações para reprimir a ação de facções criminosas, entre elas o PCC. Com autorização judicial, começou a efetuar diligências com alguns presos. Ronny e Rubens foram incumbidos de se infiltrarem numa quadrilha que planejava um roubo ao Hotel Casa Grande, no Guarujá. Os dois passaram a suspeitar que seriam mortos ou recolhidos definitivamente ao COC, onde seriam assassinados pelo PCC. Em março do ano passado, os dois, acompanhados de policiais, foram para o bairro do Grajaú, em São Paulo, para uma reunião com a quadrilha que executaria o roubo contra o hotel. Os PMs se mantiveram à distância. Assim, os dois presos aproveitaram a oportunidade para fugir, mas foram descobertos em uma residência no Brooklin. Apesar de não oferecerem resistência, as vítimas foram espancadas. Rubens teve o fêmur fraturado. As vítimas foram encaminhadas ao Pronto Socorro de Santana.

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