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Policiais do Rio mataram 3,3 pessoas/dia em 2 anos

Por Felipe Werneck
Atualização:

Policiais do Rio mataram 3,3 pessoas por dia em alegados confrontos, em média, nos dois primeiros anos do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB), segundo balanço divulgado ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado. Na apresentação das estatísticas de 2008, o coronel da PM Mário Sérgio Duarte, presidente do ISP, fez uma comparação com São Paulo, mas se referiu apenas aos casos de sequestro. Segundo ele, houve 8 registros no Rio no ano passado (taxa de 0,05 por 100 mil habitantes), mas 61 em São Paulo (0,15 por 100 mil). Outras taxas não foram comparadas. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, reconheceu que "ainda não dá para comemorar" a taxa de homicídios registrada no Rio, de 35 por 100 mil habitantes, a mais baixa desde o início da série, em 1991, porém semelhante àquela registrada em 1999 no Estado de São Paulo (em 2008, foram 10,69 homicídios para cada 100 mil habitantes). O balanço do ISP mostra um aumento dos casos de pessoas desaparecidas no Estado - foram 5.095 em 2008, ante 4.633 no ano anterior. Também aumentaram os registros de roubo a transeunte (68 mil vítimas; aumento de 14,4%), de roubo de celulares (8.614 casos ou 13,5% a mais), de estupros (1.471 vítimas; crescimento de 6,9%) e de roubo seguido de morte, com 235 caos (+ 22,4%). Também aumentaram os casos de sequestro (de 5 para 8), de roubo a banco (de 24 para 47) e de roubo a estabelecimento comercial (+ 280 casos, totalizando 4.894 em 2008). Beltrame disse que "o bandido recuou um pouco", ao comentar a queda de 14,5% das mortes em supostos confrontos, registradas como autos de resistência. Foram 2.467 em dois anos de governo: 1.330 em 2007, o mais alto já registrado, e 1.137 em 2008.

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