Policiais federais fazem mobilização nacional nesta quarta

Paralisação de 1 dia será feita para reivindicar melhores condições de trabalho e mudanças no plano de carreira

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Por Agência Estado
Atualização:

Policiais federais de todo o País fazem uma paralisação nesta quarta-feira, 30, para reivindicar mudanças no plano de carreira. Haverá protestos, organizados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), em frente ao Ministério da Justiça, em Brasília, e no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

 

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O principal motivo do movimento dos policiais é o reenquadramento de escrivães, papiloscopistas e agentes que ingressaram na PF por meio de concurso público realizado em 2004. No edital, havia previsão de que os aprovados entrariam na segunda classe da carreira, mas, depois de fazerem o curso de formação da PF, a Direção Geral da PF decidiu criar a terceira classe e enquadrou os novos policiais nessa categoria, na qual os salários foram rebaixados em cerca de R$ 1 mil. Para os sindicatos, trata-se de uma injustiça que precisa ser corrigida.

 

Os policiais federais cobram também da Direção Geral a Lei Orgânica da PF, uma reivindicação antiga da categoria. Atualmente, os concursos públicos são feitos para agentes, escrivães, papiloscopistas e delegados. A única forma de um agente se tornar delegado é por meio de concurso público.

 

Os sindicatos propõem que as promoções sejam feitas dentro da organização e utilizem como critérios a experiência, a competência e a produtividade dos policiais. Eles defendem que haja apenas um concurso para ingressar na corporação.

 

Segundo alguns agentes, o diretor geral da corporação, Luiz Fernando Corrêa, embora já tenha sido agente e sindicalista, cedeu ao lobby dos delegados e descumpriu a promessa de criação de uma Lei Orgânica para a categoria. "A paralisação procura demonstrar a insatisfação de toda a categoria com o medo do Diretor Geral de ser protagonista de uma verdadeira mudança de paradigma na segurança pública brasileira ao negar aos policiais federais uma Lei Orgânica que premie a experiência e a competência", diz nota distribuída pelo Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo.

 

A paralisação de um dia será feita também para reivindicar melhores condições de trabalho. Segundo o sindicato, os escrivães de São Paulo estão sobrecarregados com mais de 700 inquéritos cada um. Uma pesquisa feita pela categoria indica que 70% dos policiais estão insatisfeitos com a carreira. Os policiais também vão protestar contra a falta de manutenção dos veículos da corporação.

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