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Policiais federais são indiciados em inquérito que apura tortura e homicídio

Por Agencia Estado
Atualização:

Nove policiais federais e um funcionário administrativo da PF foram indiciados pela morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu dentro da carceragem da superitendência da PF no Rio, no dia 7 de setembro. Entre os policiais, estão dois delegados que vão responder por omissão na prática de tortura. Um dia antes de morrer, com traumatismo craniano, Abreu e dois amigos haviam sido presos sob a acusação de assassinar um agente federal. A nota da PF não divulgou os nomes. Os policiais foram indiciados por crimes de tortura, que prevê pena de dois a oito anos de prisão, falsidade ideológica, cuja pena pode chegar a cinco anos e falso testemunho, pena de um a três anos. Pela omissão na prática de tortura, os delegados podem pegar até oito anos de reclusão. O inquérito, aberto a mando do superintendente da PF no Rio, Marcelo Itagiba, foi presidido pelo delegado Paulo Jung, que veio especialmente de Santa Catarina para cuidar do caso. A medida teve como objetivo evitar que os policiais fossem protegidos, o que poderia acontecer se um delegado do Rio fosse nomeado. O episódio foi acompanhado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga casos de tortura. Nesta sexta-feira, três policiais serão submetidos a uma sessão de reconhecimento pessoal pelos dois presos que foram detidos junto com Abreu, Márcio Gomes e Samuel Cerqueira. Os três ? que teriam sido espancados e torturados dentro da superintendência ? foram detidos sob a acusação de matar, a tiros, o agente federal Gustavo Frederico Mayer Moreira. Abreu entrou na carceragem andando e saiu em coma.

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