Policiais são presos sob suspeita de atuação no jogo do bicho no Rio

Cinco policiais civis, entre eles um delegado, foram presos em operação da Corregedoria da Polícia Civil

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - Cinco policiais civis, entre eles um delegado, foram presos na manhã desta quarta-feira, 1, durante operação da Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio (Coinpol) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MP-RJ). O grupo, segundo a polícia, estava envolvido com o jogo do bicho e cobrança de propina em Niterói, na região metropolitana. A ação teve início às 5h, com o objetivo de cumprir 10 mandados de prisão preventiva.

 

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Ao todo, oito pessoas foram detidas: além dos policiais, um agente penitenciário, um advogado e um informante da quadrilha. Dois policiais civis estão foragidos. De acordo com o MP-RJ,os alvos da operação foram denunciados por crimes como formação de quadrilha, prevaricação e corrupção.

 

A denúncia encaminhada pela Gaeco foi recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo. Além dos mandados de prisão expedidos, a Justiça autorizou a realização de buscas em 29 endereços. Um deles, a casa do ex-presidente da escola de samba Viradouro, o ex-policial Marcos Lira, em Niterói. No local, os agentes encontraram uma máquina de caça-níqueis. Lira não foi preso porque, segunda a polícia, não havia mandado expedido contra ele.

 

Na casa de um dos policiais, em Niterói, os agentes encontraram uma mala de dinheiro escondida em uma árvore, com R$ 210 mil. A chefe da polícia civil do Rio, delegada Martha Rocha, disse que a corregedoria vinha trabalhando desde o início do ano na investigação sobre a "permissibilidade de policiais civis da área de Niterói com a questão do jogo do bicho". Os presos serão levados para o Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, o Bangu 8.

 

Notícia atualizada às 16h32.

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