Policiais vão a júri popular pela morte de PC Farias

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quatro policiais militares devem ir a júri popular acusados do duplo homicídio de PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino. Os cabos Reinaldo Correia de Lima Filho e Adeilso Costa dos Santos e os soldados Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva foram pronunciados nesta terça pelo juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum de Maceió, Alberto Jorge Correia de Barros. Esta é a primeira decisão da justiça desde o assassinato em 23 de junho de 1996. Os demais empregados de PC ? o casal de caseiros Leonino Tenório de Carvalho e Marize Vieira de Carvalho, o vigia Manoel Alfredo da Silva e o garçon Genival da Silva França ? foram inocentados por falta de provas. Eles estavam na casa de praia no dia do crime, a exemplo dos quatro seguranças. Para o juiz Alberto Jorge, os quatro militares foram acusados porque eram responsáveis pela segurança de PC, disseram que não ouviram os tiros e entraram em contradição durante o processor. Enquanto os demais funcionários não tinham obrigação de cuidar da segurança do empresário. O advogado José Fragoso disse que vai recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Segundo ele, caberá à Câmara Criminal do TJ julgar se acata ou não o recurso. O objetivo é evitar o julgamento dos seguranças. A defesa sustenta a tese de crime passional, tendo Suzana matado PC e depois se suicidado. Segundo o promotor Carlos Jorge Bezerra, o deputado federal, Augusto de Farias(PPB), embora tenha sido indiciado como autor intelectual, não foi acusado porque o processo contra ele, corre no âmbito do Ministério Público Federal, em Brasília, já que como parlamentar goza de foro privilegiado. Como Farias não conseguiu se reeleger, o promotor explicou que a Procuradoria Geral da República deverá devolver o processo para o Ministério Público Estadual, para que ele responda pelo caso, em Alagoas. Isto se o processo contra o deputado não for arquivado por falta de provas.

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