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Policial confessa participação na morte de empresário libanês

Por Agencia Estado
Atualização:

O agente policial Wendel Souza Silva, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confessou nesta quinta-feira ter participado do assassinato do empresário libanês naturalizado brasileiro Jihad Ahmad Kassem, de 33 anos. Ele acusou um informante da polícia, Cláudio Rodrigues de Souza, que está foragido, de ser o autor dos tiros. Investigadores suspeitam de que o policial e seu cúmplice tentaram extorquir dinheiro do libanês e, como não conseguiram, o mataram. Silva trabalhava na polícia havia 14 meses, investigando homicídios na zona sul e decidiu apurar o tráfico de drogas - uma atribuição do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e DPs. Ele disse ter recebido informações de Souza sobre o envolvimento de Kassem no tráfico e decidiu prendê-lo. Kassem foi levado para Parelheiros, onde, segundo Silva, seria interrogado "com mais tranqüilidade". Segundo Silva, o empresário reagiu e negou que fosse traficante, o que irritou o policial e o informante. "O Cláudio decidiu matá-lo." A versão foi aceita com reservas pelo delegado-corregedor, Ruy Estanislau Silveira Mello, e pelo diretor do DHPP, Domingos Paulo Neto. Para Mello, o agente também atirou em Kassem e estaria escondendo o motivo. Kassem foi preso dia 12, no Fran´s Café, no Paraíso, bairro da zona sul de São Paulo. O corpo foi achado em Parelheiros, com sete tiros, a maioria na cabeça.

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