Policial é morta após suposta tentativa de assalto no Rio

O corpo da policial civil Ludmila Maria Mendes Fernandes Fragoso, de 24 anos, foi encontrado carbonizado em Piabetá, na Baixada Fluminense

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Por Agencia Estado
Atualização:

O corpo da policial civil Ludmila Maria Mendes Fernandes Fragoso, de 24 anos, foi encontrado carbonizado no fim da manhã desta sexta-feira, 4, em Piabetá, na Baixada Fluminense. Ela estava desaparecida desde a noite de quinta-feira, 3, quando falou ao telefone com a mãe, a advogada Zoraide Aureli Vidal Fernandes, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. O corpo queimado foi abandonado dentro do Ford Fiesta da policial. O delegado Eduardo Freitas, titular da 22.ª Delegacia de Polícia, onde Ludmila trabalhava, acredita que a jovem tenha sido vítima de uma tentativa de roubo de carro. "O problema é que ela estava com a arma e a carteira funcional. Descobriram que era policial e resolveram matá-la para não serem reconhecidos", afirmou. Ludmila ingressou na polícia aos 19 anos e era oficial de cartório. Na noite de quinta-feira, deixou a mãe em casa, no Grajaú, e seguiu para Imbariê, na Baixada Fluminense, onde morava com o marido. Às 23h30, a policial ligou para Zoraide e disse que estava presa em um engarrafamento no Viaduto da Perimetral - provavelmente provocado pelo assassinato do desembargador José Maria Mello Porto, na Avenida Brasil, que havia ocorrido horas antes e interditou parte do trânsito na via. Foi o último contato. A polícia suspeita que a jovem tenha sido abordada por criminosos na Rodovia Washington Luiz. Investigadores acreditam que Ludmila tenha sido morta por volta das 5 horas, momento em que vizinhos ouviram o barulho de uma explosão. O caso está sendo investigado por uma força tarefa que atua na Delegacia de Homicídios (DH-Forte). De acordo com amigos da família, Zoraide trabalha no Posto Avançado da OAB no Morro do Borel, onde dá consultoria jurídica gratuita para os moradores, e já havia recebido ameaças de morte. Ela chegou a se mudar da Usina, bairro vizinho à favela, por conta das ameaças. Muito abalada com a perda da única filha, Zoraide foi sedada e não prestou depoimento à polícia. "Todas as hipóteses serão investigadas", informou o subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres.

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