Ponte vira ponto de espera por onda de lama no Espírito Santo
Moradores se reuniram para observar rio em Baixo Guandu; até o fim da manhã, prefeitura não precisou interromper bombeamento
Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
BAIXO GUANDU - Antes do meio-dia desta terça-feira, 10, o coletor Robson Fernando Faier, de 42 anos, já tinha encostado sua bicicleta quatro vezes em um dos postes na ponte que leva ao bairro Mauá, na cidade capixaba de Baixo Guandu. A estrutura passa sobre o Rio Doce e, além dele, dezenas de pessoas se reuniam para tentar acompanhar a onda de lama vinda de Minas Gerais.
"Ontem (segunda-feira, 9) já tinha vindo três vezes, mas não aconteceu nada. O pessoal fica curioso e vem acompanhar", disse Faier. Uma viatura da Polícia Militar do Espírito Santo estava na entrada da ponte monitorando o movimento.
Capixabas à espera da chegada da onda de lama
1 / 12Capixabas à espera da chegada da onda de lama
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Dezenas de pessoas se reuniram em ponte sobre o Rio Doce, em Baixo Guandu, para tentar acompanhar a onda de lama vinda de Minas Gerais Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Dezenas de pessoas se reuniram em ponte sobre o Rio Doce, em Baixo Guandu, para tentar acompanhar a onda de lama vinda de Minas Gerais Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista da Ponte Florentina Avidos, que corta a cidade de Colatina, no Espirito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista do Rio Doce, que corta a cidade de Colatina, no Espírito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Dezenas de pessoas se reuniram em ponte sobre o Rio Doce, em Baixo Guandu, para tentar acompanhar a onda de lama vinda de Minas Gerais Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Dezenas de pessoas se reuniram em ponte sobre o Rio Doce, em Baixo Guandu, para tentar acompanhar a onda de lama vinda de Minas Gerais Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista do Rio Doce, que corta a cidade de Colatina, no Espírito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista da Ponte de Itapina, sobre o Rio Doce, que corta a cidade de Colatina, no Espírito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista da Ponte Florentina Avidos, que corta a cidade de Colatina, no Espírito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
Vista do Rio Doce, que corta a cidade de Colatina, no Espírito Santo Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
No local, também havia crianças brincando e observando o rio Foto: Gabriela Biló/Estadão
Moradores se reuniram em ponte sobre o Rio Doce
No local, também havia crianças brincando e observando o rio Foto: Gabriela Biló/Estadão
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A cidade de Baixo Guandu, com cerca de 31 mil pessoas, tem como única forma de abastecimento a captação do Rio Doce, agora ameaçado pela lama. Até o fim da manhã desta terça-feira, a sujeira ainda não havia obrigado a prefeitura local a interromper o bombeamento de água, assim como na cidade vizinha de Colatina.
O ajudante de caminhoneiro Carlos José dos Santos, de 36 anos, também observava o fluxo de água sob a ponte nesta terça-feira. "Ontem cheguei às 12 horas e fiquei até as 19 horas aqui. Hoje, vim às 7 horas. Tinha visto pelo Facebook que já estava chegando a lama, mas até agora nada", disse. Preocupado com um eventual corte no abastecimento, Santos contou estar estocando água em garrafões e panelas na sua casa.
No local, também havia crianças brincando e observando o rio. Os adultos tentavam adivinhar se a cor da água havia sofrido alguma alteração nas últimas horas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Espírito Santo, coronel Fabiano Marchetti Bono, o nível do rio subiu na região nesta terça-feira. "Mas veio sem sujeira. Estamos monitorando para saber quando chega a segunda onda com rejeitos e que pode de fato prejudicar. Até o momento, não houve problemas para o abastecimento."
Animais são resgatados de 'mar de lama'
1 / 6Animais são resgatados de 'mar de lama'
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Animais são resgatados de 'mar de lama' em Bento Rodrigues, distrito de Mariana atingido após o rompimento de duas barragens Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Os animais têm recebido alimentação e água tanto por parte dos bombeiros quando de voluntários Foto: AFP PHOTO / Douglas MAGNO
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Na foto, bombeiro resgata cachorro em Paracatu de Baixo, Minas Gerais Foto: AFP PHOTO / Douglas MAGNO
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Burro é resgatado em Bento Rodrigues, distrito de Mariana Foto: AFP
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Galos foram encontrados com hipotermia; bombeiros os enrolaram em toalhas para aquecê-los Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO
Animais são resgatados de 'mar de lama'
Animais que foram resgatados nas ruínas da Bento Rodrigues, em Minas Gerais Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO