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Ponto final: tatuzão chega à Luz

Agora, destino do megaequipamento é incerto

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Por Redação
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Num ritmo médio de 20 metros por dia, e mais de dois anos após começar a abrir um novo caminho sob o chão dos paulistanos, o tatuzão enfim chegou ao seu destino. A máquina de cavar túneis shield, que começou a operar no dia 3 de março de 2007 na Estação Faria Lima, parou ontem na futura Estação Luz, concluindo a escavação dos 12,8 quilômetros de via subterrânea da Linha 4-Amarela do Metrô. O tatuzão deverá ficar 30 dias em manutenção no local. Em seguida, percorrerá mais um trecho de 470 metros até o poço João Teodoro, na rua de mesmo nome. Nesse ponto a máquina será desmontada e retirada do túnel. E isso exigirá uma operação de guerra. Serão necessárias 24 carretas para levar os componentes maiores, e 82 contêineres. O destino do tatuzão, no entanto, ainda é incerto. Ele poderá ser utilizado na escavação de um outro túnel - desde que não seja do Metrô de São Paulo. É que os 10 metros de diâmetro de via da Linha 4 são diferentes das outras obras metroviárias em andamento na capital. Outra alternativa seria revender o equipamento. O consórcio Via Amarela, proprietário da máquina, ainda não definiu o que fará. De proporções nada modestas - 1,8 mil toneladas e 75 m de comprimento -, a máquina perfura o solo e simultaneamente instala um revestimento nas paredes da via, feito com anéis de concreto e fibras de aço. É avaliada em 30 milhões. Paralelamente à conclusão da escavação, estão sendo instalados os trilhos e os sistemas de comunicação e sinalização da nova linha. Os testes com trens começam em novembro. As duas primeiras estações da Linha 4-Faria Lima e Paulista - deverão ser inauguradas em março de 2010.

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