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População de SC é orientada a consumir água de piscinas

Para consumir a água clorada, população deve fervê-la por 10 minutos, orienta a Secretaria de Saúde

Por Da Redação , com informações de Renato Machado e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Enquanto alguns rios ainda estão acima do nível normal e a população sofre com a enchente, falta água potável em Santa Catarina. Em Blumenau, uma das cidades mais atingidas pelas enchentes causadas pelas fortes chuvas dos últimos dias, o abastecimento só deve voltar ao normal na semana que vem. A Secretaria de Saúde de Santa Catarina orienta que a população que tenha acesso use água de piscinas. A água clorada das piscinas pode ser usada para beber e cozinhar, mas deve ser fervida por 10 minutos antes do consumo, segundo orientação da Defesa Civil. Veja também: Seis cidades decretam estado de calamidade Lula sobrevoa áreas atingidas nesta quarta Temporão anuncia R$ 100 milhões para medida de socorro BRs-376 e 101 são parcialmente liberadas Cerca de 80 mil imóveis continuam sem luz Chuva deve continuar até sexta-feira Banco do Brasil anuncia ajuda a clientes de Santa Catarina Força Nacional de Segurança segue nesta tarde para SC Defesa Civil abre conta para doações Tragédia em Santa Catarina  Veja galeria de fotos dos estragos em SC   Número de vítimas deve subir  Para governador, será preciso muito recurso  Morador de Blumenau relata a situação     Em Blumenau, o serviço de abastecimento de água é feito por caminhões-pipa doados pelos municípios vizinhos e atende somente hospitais, asilos e os 45 abrigos, onde se encontram mais de 3 mil pessoas. A distribuição é racionada e cada um só pode retirar 5 litros. "Água é hoje a nossa maior necessidade. Vamos tentar reativar nossas unidades de tratamento hoje (ontem) à noite para normalizar a distribuição o quanto antes", afirmou o prefeito da cidade, João Paulo Kleinübing. Na tentativa de trazer de volta o clima de normalidade, a prefeitura retomou, na terça, as atividades de 30% da frota do transporte coletivo. O restante não foi possível, porque quatro dos seis terminais estão sem condições de uso - cheios de lama e sem os bancos. Além disso, algumas ruas permanecem bloqueadas. Também teve início o trabalho de remoção de barreiras para permitir o acesso a comunidades isoladas e a entrada de mantimentos vindos de outras regiões. Oito regiões do município permanecem sem comunicação. Mesmo com o fim das inundações, muitas empresas de transporte coletivo interestadual cancelaram viagens para Blumenau. Kleinübing calcula que a vida dos blumenauenses só começará a voltar ao normal na próxima semana, com o restabelecimento dos serviços de água e energia e a possibilidade da retomada das atividades das pessoas. O prefeito, no entanto, diz que a reconstrução total da cidade levará pelo menos um ano e meio. "Ainda não dá nem para saber qual o tamanho do prejuízo e também não é a preocupação agora", diz. Assim como os demais municípios atingidos, a prefeitura de Blumenau está pedindo doações de colchões, cobertores, alimentos e água. Itajaí "Infelizmente, quando as coisas começarem a melhorar para os outros municípios, vai piorar para o nosso", disse por telefone o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, pouco antes de a cidade ficar sem telefonia. Itajaí está localizada na foz do Rio Itajaí-Açu e para lá deve ser escoada toda a água que inundou a região do Vale do Itajaí. Além disso, a cidade está no nível do mar e a maré impede a saída da água. Morastoni diz que aproximadamente 90% da cidade está inundada e ainda não há previsão para que a água comece a baixar. "Nosso trabalho agora é resgatar quem está em locais de risco e conseguir mantimentos e água para quem está nos abrigos. Ainda nem temos como nos programar para o depois, porque não sabemos quanto tempo essa situação permanecerá", diz. Mesmo com Itajaí sendo a cidade mais inundada do Estado, não há registros de vítimas até agora. No entanto, muitas pessoas estão desaparecidas. Para facilitar as buscas por parte dos familiares, alguns moradores criaram um blog, com os nomes de todas as pessoas que estão em abrigos.

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