
22 de março de 2011 | 00h00
Os manifestantes carregavam cartazes e gritavam palavras de ordem contra o aumento da tarifa do ônibus na capital paulista, que passou de R$ 2,70 para R$ 3 (reajuste de 11,1%). ''R$ 3 é roubo'' e ''Prefeito sustenta a desigualdade'', diziam os cartazes carregados por estudantes.
Visivelmente constrangido, Kassab pediu em duas oportunidades calma aos que protestavam. Chegou inclusive a mandar beijos para um dos manifestantes.
''Vamos dar um exemplo de democracia'', disse Kassab.
Os cartazes, porém, foram rasgados por seguranças do evento e os manifestantes foram retirados do local do evento.
O aumento das passagens de ônibus, anunciado em dezembro de 2010, é uma das razões que explicariam a queda de popularidade do prefeito nos últimos meses. Pesquisa do instituto Datafolha divulgada ontem revela que caiu oito pontos percentuais, em quatro meses, a aprovação do prefeito (ótimo e bom), passando de 37% para 29%.
O período da queda de aprovação coincide com as articulações políticas intensas do prefeito para deixar o DEM e viabilizar a criação do PSD. Kassab fez costuras com dirigentes do PMDB e do PSB. Chegou-se a cogitar, inicialmente, que o prefeito migraria para o PMDB. Em seguida, ganhou espaço a tese de que criaria uma legenda para se fundir com o PSB.
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