Porteiro mata e esconde corpo de mulher em SP

Dois dias após estrangular faxineira, ele deixou a vítima numa caçamba

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Por Marcelo Godoy
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O porteiro Valdeci Pereira da Silva, de 31 anos, foi preso e acusado de matar a faxineira Sônia Aparecida Celino, de 42, no prédio comercial em que ambos trabalhavam, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. O acusado atacou a vítima no dia 9, um domingo. Depois de manter relações sexuais com ela na cabine da entrada, o porteiro a estrangulou e escondeu o corpo no teto do edifício. Dois dias depois, o porteiro apanhou o carro de um condômino e usou-o para levar a faxineira dentro de sacos de lixo até uma caçamba. O crime só foi descoberto com a localização do corpo em um lixão em Parelheiros, na zona sul. Segundo o delegado Dirceu Gelk Attiê, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o vigia confessou o crime depois de cair em diversas contradições. A família da vítima contou que Sônia havia comentado dias antes do crime que estava sendo assediada por um porteiro. Segundo ela, o homem tinho dito que, se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. No dia do crime, Sônia foi fazer faxina no consultório de uma dentista para quem trabalhava. No prédio estavam o zelador e o porteiro. O primeiro ficou no lugar até as 12 horas. Por volta das 13 horas, quando a faxineira deixava o prédio, ela foi abordada pelo porteiro. "O porteiro disse que ela o assediava. Ele disse ainda que manteve relações sexuais com ela na sala da portaria", afirmou o delegado José Vinciprova, do DHPP. Segundo ele, o porteiro disse que decidiu estrangular a faxineira depois que ela disse que estava grávida dele e iria contar isso para a mulher do acusado. "Esta é a versão dele. Nós não descartamos a possibilidade de ele ter estuprado a vítima", disse o delegado Attiê. Depois do assassinato, o porteiro contou que deixou o corpo escondido no teto do prédio. No plantão seguinte, Valdeci apanhou sacos, fitas adesiva e apanhou o corpo no teto, escondeu-o no saco e desceu-o pelo elevador do edifício até o subsolo, onde apanhou o carro de um dos condôminos. Pôs a faxineira no carro e abandonou o corpo em uma caçamba nos fundos do Colégio Arquidiocesano. Encoberto pelo entulho, o corpo foi parar num lixão. O porteiro ainda simulou um roubo no prédio, no qual três ladrões teriam invadido o lugar e fugido com a fita de vídeo que gravou o que ocorrera no dia 9. A família já dera queixa do desaparecimento da vítima e a polícia a identificou pelas impressões digitais. "Ela tinha sido vista pela última vez a caminho do prédio. Ao mesmo tempo, a história do roubo era estranha. O porteiro caiu em várias contradições até que confessou", disse o delegado Attiê.

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