PORTO ALEGRE - A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Porto Alegre chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira e permanece sem perspectiva de acabar. A prefeitura autorizou vans e micro-ônibus escolares a operar como transportadores em trajetos especiais, de maior demanda, a partir desta segunda. Mesmo assim, milhares de passageiros tiveram de esperar algumas horas, ao amanhecer, até conseguir embarcar.
Além desta, a população segue recorrendo às alternativas de usar os lotações, micro-ônibus de transporte seletivo, autorizados a carregar passageiros em pé, dividir custos para pagar corridas de táxi e pedir carona. Apesar de eventuais ausências de funcionários, o comércio está aberto, mas o movimento de fregueses é bem menor do que nos dias considerados normais.
Os rodoviários querem reajuste de 14% e condicionam a retomada do trabalho a uma nova oferta dos empresários, que, por sua vez, exigem a volta às operações para discutir algum índice superior aos 5,5% que já ofereceram. A prefeitura espera que o Tribunal de Contas avalie a planilha de custos, em reunião prevista para o dia 12, para rediscutir a tarifa com as empresas.
No início do ano passado a tarifa subiu de R$ 2,85 para R$ 3,05, mas depois das desonerações de impostos feitas pelo governo federal, recuou para R$ 2,80. Os transportadores escolares podem cobrar os mesmos R$ 4,20 dos lotações