PUBLICIDADE

Potenciais explosivos são detonados em prédio da PF onde morreram peritos

Por Liege Albuquerque
Atualização:

Várias pequenas detonações foram feitas ontem no prédio da Polícia Federal em Manaus para destruir materiais com potencial explosivo encontrados no local. O material estava a cerca de dez metros do laboratório onde, na sexta-feira, houve uma explosão que deixou três peritos mortos e um ferido. Eles manuseavam um cilindro com drogas apreendido em novembro do ano passado quando houve a explosão. Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, o material detonado ontem é usado na fabricação de fogos de artifício e bombas de pesca artesanais. Desde sábado outros sete peritos em explosivos vindos de Brasília investigam as causas da explosão de sexta-feira. As inspeções devem terminar até o fim da semana. Há várias hipóteses para o acidente, segundo Fontes. "Não podemos descartar nada: armadilha, atentado, procedimento indevido, o que for. Mas não há o que especular agora. Até a quarta-feira deveremos ter um relatório preliminar." Uma das hipóteses seria uma tentativa de assassinato do traficante Moacir dos Santos, o Moa, preso um andar abaixo do laboratório. Seria ele o alvo do explosivo camuflado com drogas. O superintendente da PF não quis comentar a especulação, mas disse que "não há hipótese descartada". "Um depoimento importante a colher é do único sobrevivente (o agente Marco Antônio Ferreira), embora ele não tenha tido condições de ter visto o que ocorreu." Ferreira está recebendo tratamento psicológico para poder depor.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.