Pouco incentivada na cidade, bicicleta é uma opção barata

Cidades pelo mundo adotam alternativa para que o carro fique na garagem

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Por Rodrigo Brancatelli
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Uma alternativa barata e simples para evitar o carro é a bicicleta. Seu uso é incentivado em várias capitais do mundo, mas ainda engatinha no Brasil. No mês passado, Paris pôs 10 mil bicicletas públicas para a população e os turistas alugarem em 750 pontos diferentes, entre estações de trem, metrô e parques. A primeira meia hora é gratuita. Depois, cada 30 minutos custam cerca de 2,50. A magrela, que tem um chip para não ser roubada, pode ainda ser devolvida em qualquer um dos 750 quiosques. A idéia, que acabou virando moda no verão europeu, também foi adotada em Barcelona e Pamplona, na Espanha, Lyon, na França, e Londres, na Inglaterra. Nova York, nos Estados Unidos, pretende implementar o projeto já no ano que vem. "É uma idéia simples, que não requer muitos investimentos e que dá muito resultado", diz o engenheiro Yuri Cabral, especialistas em transportes. "Para quem faz pequenas viagens, é maravilhoso, você não precisa se preocupar em tirar o carro da garagem e pegar trânsito para ir ao supermercado. Isso precisa ser incentivado em São Paulo, não é uma coisa tão difícil." A pedido do Estado, especialistas em engenharia de transportes listaram outras soluções adotadas por cidades pelo mundo que poderiam ser adaptadas aqui. A construção de ciclovias é a mais lembrada, junto com o incentivo ao uso do metrô. "A Prefeitura precisa ter coragem para implementar mudanças", diz do engenheiro Eric Amaral Ferreira, ex-diretor do Institute for Transportation and Development Policy (ITPD), instituto que estuda alternativas ao carro para o transporte no mundo. "Não existe medida que não exija sacrifício de toda a cidade."

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