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Praia Grande cria sistema inédito de monitoramento veicular

Chip do tamanho de um grão de arroz permite que automóveis sejam rastreados

Por Agencia Estado
Atualização:

A prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista, começa a vender na quinta-feira, 14, o que apelidou de "etiquetas inteligentes": chips do tamanho de um grão de arroz para serem implantados em veículos de quatro rodas. A etiqueta possibilita que os veículos sejam monitorados por 24 antenas instaladas em pontos estratégicos do município. A Prefeitura investiu R$ 800 mil no novo sistema, integrado a central de vídeo que monitora as imagens captadas por 1.089 câmeras presentes na cidade. Praia Grande é o primeiro município do País a disponibilizar o serviço a toda população. O selo vai custar R$ 25. O principal objetivo do sistema é a segurança pública. De janeiro a setembro deste ano, a polícia contabilizou 1.427 casos de roubos e furtos de veículos na cidade. O delegado de Praia Grande, Wagner Milhardo, elogiou a iniciativa da prefeitura. "Acho que o sistema vai se transformar numa poderosa ferramenta contra o crime." O comerciante Antonio Carlos Alves de Oliveira, de 37 anos, pretende implantar o sistema nos cinco veículos da sua empresa. "A partir de amanhã, já vou começar a instalar o chip nos meus carros, vou mandar um por dia, conforme a logística de trabalho." Oliveira, que é proprietário de um loja de bombas d´água e equipamentos para piscina, já teve dois veículos roubados em Praia Grande, ambos Fiorinos. "A que foi roubada em 2005, a polícia achou 15 dias depois. Já uma que levaram em 2004 nunca foi encontrada." Ele se considera preocupado com a segurança. "Todos os carros têm alarmes e só alguns têm seguros por causa do custo, mas eu acho que com esse sistema o valor dos seguros deve baixar", disse. O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), destacou que o sistema é importante para moradores e turistas. "São mais de 100 mil famílias com casa de veraneio aqui que também terão o serviço à disposição", disse. O metroviário Marco Antonio de Almeida, de 45 anos, é uma dessas pessoas. Ele mora na zona Sul de São Paulo e vai a cada 15 dias para a cidade, onde possui um apartamento no bairro Aviação. "Achei bem interessante, da próxima vez que vier para cá, vou mandar colocar no meu carro." A central de monitoramento trabalha em conjunto com as polícias civil e militar. Quando um veículo é furtado, o proprietário pode telefonar tanto para a PM, através do 190, como para a central de monitoramento (0800-7730153). A partir desse momento, o software verifica por onde o carro passou e se já saiu da cidade.

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